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O Iraque mobilizou dezenas de milhares de soldados para proteger peregrinos xiitas neste sábado (25), como parte das medidas reforçadas de segurança que o governo espera possam evitar o banho de sangue que manchou rituais religiosos passados.

A segurança reforçada não reflete somente a ameaça constante de militantes sunitas, que atacam cerimônias xiitas desde 2003, mas também o potencial dano político que grandes ataques podem causar antes da eleição nacional de março.

Mais de um milhão de peregrinos são esperados no domingo na cidade de Kerbala, ao sul de Bagdá, para o encerramento da Ashura, quando muçulmanos xiitas relembram o assassinato de Hussein, neto do profeta Maomé, em Kerbala em 680 d.C.

O governador do Estado, Amal al-Hir, disse que 20 mil membros das forças de segurança do Iraque formaram oito cordões ao redor da cidade. Mil atiradores de elite estão no alto dos prédios e tropas estão de prontidão com cães farejadores e artefatos para detectar explosivos.

Centenas de mulheres irão revistar as peregrinas com suas amplas vestimentas negras, que já foram usadas para esconder bombas.

A segurança foi intensificada também em Bagdá, onde muitos peregrinos iniciaram a caminhada de 80 km até Kerbala. Outros rumaram para um importante santuário xiita no distrito de Kadhimiya, em Bagdá.

As autoridades interromperam o tráfego de veículos no distrito para evitar explosivos plantados em carros ou motocicletas.

Apesar das medidas, já houve vítimas nos últimos dias em ataques de pequena escala visando peregrinos que caminham em grupos ou se protegem em tendas montadas à beira da estrada.

Uma bomba matou dois peregrinos e feriu oito no sul de Bagdá neste sábado.

Para o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, evitar grandes massacres é vital antes das eleições gerais de 7 de março.

A eleição deve ser apertada, e Maliki e seus rivais xiitas tentam construir alianças inter-sectárias para atrair iraquianos exaustos com anos de violência, desordem e corrupção governamental.

O pleito representa um grande desafio para as forças de segurança do país, que assumem a dianteira à medida que as tropas dos EUA se preparam para se retirar das operações de combate até agosto de 2010.

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