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Um novo relatório divulgado na quarta-feira pelo Pentágono afirma que alguns elementos da guerra no Iraque se enquadram na definição de guerra civil, mas o termo "não traduz adequadamente a complexidade do conflito" no país do Oriente Médio. Nesta quinta-feira, a explosão de um carro-bomba matou oito pessoas - entre policiais e soldados - no centro de Bagdá.

"Alguns elementos da situação no Iraque podem ser descritos como uma 'guerra civil', incluindo o fortalecimento das identidades étnicas sectárias e sua mobilização, a mudança no caráter da violência e as mudanças forçadas à população", salientou o documento.

Mas esse quadro é um elemento de um cenário mais amplo, segundo o Pentágono, que inclui violência de xiitas contra xiitas, ataques de insurgentes contra tropas da coalizão liderada pelos EUA e violência criminal.

De acordo com um relatório do próprio Pentágono, o período de outubro a dezembro do ano passado foi o trimestre mais violento desde o início da ocupação do país, em março de 2003.

A maior parte das informações contidas no relatório de 42 páginas do Pentágono foi obtida antes do anúncio do presidente George W. Bush de que enviaria um contingente adicional de 21,5 mil soldados ao país. O objetivo desse aumento na tropa é tentar combater a violência no país entre grupos xiitas e sunitas contra as forças de ocupação.

Ainda assim, mesmo entre os próprios militares, há quem ache que não é pela força que a violência irá sucumbir. O próprio comandante supremo das tropas americanas no Iraque, general David Petraeus, já disse isso ao assumir o comando no país.

Até agora, o governo dos EUA vem evitando afirmar que seus militares estão no meio de uma guerra civil. Apesar de usar o termo para classificar alguns atos violentos no Iraque, o próprio relatório afirma que o termo não é suficiente para captar a total extensão da situação do país.

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