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Jornalista assiste ao vídeo em que Samira Jassem, de 51 anos; ela fazia parte de um grupo ligado à Al-Qaeda | Ali Yussef/AFP
Jornalista assiste ao vídeo em que Samira Jassem, de 51 anos; ela fazia parte de um grupo ligado à Al-Qaeda| Foto: Ali Yussef/AFP

Bagdá - Uma iraquiana detida recentemente admitiu ter recrutado 80 mulheres para cometer atentados suicidas na Província de Diyala (leste do país), 28 das quais já alcançaram seu objetivo, em um vídeo divulgado ontem pelo porta-voz do centro de operações do Exército do Iraque, general Qasem Ata.

Na gravação, Samira Ahmad Jassem, de 51 anos, admitiu ter recrutado estas mulheres, entregues aos insurgentes, que as preparavam psicologicamente, e as levou aos locais dos atentados.

Chamada "Um al Mumenin" ("mão dos crentes") e nascida na cidade de Al Muqdadiyah, ela foi detida em 21 de janeiro, informou o porta-voz.

No vídeo, a mulher contou ter se encontrado com Chaker Hamud Malek e Rami Hareth, membros do Ansar al Sunna (Seguidores da tradição do Profeta Maomé), um dos grupos rebeldes sunitas mais violentos do país.

A este grupo, vinculado à Al-Qaeda e criado em setembro de 2003, é atribuída a responsabilidade de dezenas de atentados e de ações suicidas contra o Exército dos Estados Unidos e o iraquiano.

Segundo ela, foi Hareth quem lhe pediu para recrutar mulheres-bomba.

Ao ser detida, Jassem disse que recebia ordens de duas pessoas, identificadas como Harith al Saliwi e Zaer al Saliwi, que foram capturadas anteriormente.

Ontem, uma fonte do Ministério do Interior iraquiano informou que pelo menos 12 pessoas ficaram feridas na explosão de artefatos nas províncias de Ninawa e Diyala.

Em um mercado no centro de Baquba, capital de Diyala, pelo menos oito civis ficaram feridos, dois deles gravemente, na explosão consecutiva de vários artefatos, em um ato que destruiu lojas e edifícios próximos.

Na província de Ninawa, no norte do país, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, entre elas um policial, quando uma bomba explodiu durante a passagem de uma patrulha militar americana, na zona de Al Nabi Yunis, no leste de Mossul, capital da província.

Por último, a mesma fonte confirmou que aconteceu outro ataque similar contra as forças americanas na zona de Al Chaab, no nordeste de Bagdá.

Tropas

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu que uma parte substancial dos 140 mil soldados norte-americanos no Iraque voltará para casa dentro de um ano, uma vez que os iraquianos já estariam preparados para assumir maior responsabilidade por sua segurança.

Durante a campanha presidencial, Obama prometeu que retiraria todos os soldados norte-americanos do Iraque nos seus primeiros 16 meses de mandato, e que paralelamente enviaria reforços à guerra do Afeganistão.

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