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O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou nesta segunda-feira (27) que submeterá à votação do Parlamento o acordo alcançado com a União Europeia (UE), para reformar o Protocolo sobre a Irlanda do Norte.
"O Parlamento realizará uma votação, no momento adequado, e esse voto será respeitado", afirmou Sunak, em entrevista coletiva.
Sunak iria ainda nesta segunda à Câmara dos Comuns para explicar o acordo com a UE aos deputados britânicos. Esse é um dos principais desafios do primeiro-ministro no início da gestão, em especial pela necessidade de obter o apoio da ala mais eurocética do Partido Conservador e o Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte (DUP), que são as forças que lideram a oposição ao atual protocolo.
O líder do DUP, Jeffrey Donaldson, garantiu que não dará uma resposta imediata sobre sua posição, mas que levará um tempo para analisar o texto assinado em Windsor por Sunak e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
"É importante darmos a todos o tempo e o espaço que precisam para estudar detalhadamente o novo regime que anunciamos", disse o primeiro-ministro.
Sunak conta com uma folgada maioria na Câmara dos Comuns, o que dificulta uma eventual rebelião nas fileiras conservadoras. Além disso, ele recebeu a garantia de que o Partido Trabalhista, maior da oposição, garantiria os votos necessários para levar o acordo adiante.
"Devido à natureza e à amplitude do acordo, vai ser necessário um certo tempo para que todos possam digeri-lo. Mas, em última instância, não está em jogo minha pessoa ou os políticos, mas as pessoas da Irlanda do Norte e o que é melhor para elas", garantiu Sunak.
De acordo com o atual protocolo, a Irlanda do Norte está inserida no mercado interno comunitário e britânico, pelo que os controles do comércio entre o Reino Unido e UE são efetuados entre a ilha da Grã-Bretanha e a da Irlanda, o que evita o aumento de uma fronteira física entre as duas Irlandas e permite não prejudicar o acordo de paz da Sexta-Feira Santa de 1998.
Esta fronteira comercial, situada no Mar da Irlanda, também tem criado problemas políticos entre os unionistas, por considerarem que prejudica a sua relação com o resto do Reino Unido.