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Egípcia exibe dedo manchado de tinta após votação | Mohammed Abed /AFP Photo
Egípcia exibe dedo manchado de tinta após votação| Foto: Mohammed Abed /AFP Photo

Em clima de desconfiança, o Egito concluiu no sábado a polarizada eleição presidencial, a primeira desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011.

O ceticismo em torno da transição cresceu com a decisão do Supremo de dissolver o Parlamento dominado por islamitas. A junta militar assumirá o Legislativo. Hoje será anunciado um "decreto constitucional provisório" definindo os poderes do presidente, já que o Parlamento dissolvido tinha como tarefa redigir a nova Carta.

Líderes da Irmandade Mu­­çulmana, o principal partido do Parlamento dissolvido na semana passada, criticaram a decisão. Segundo a legenda, o Exército não tem o direito de emitir decretos constitucionais para formar uma Assembleia Constitucional e está "dando um golpe no processo democrático".

Certa de que obterá uma vitória histórica nas eleições, mas temerosa de uma manobra do antigo regime para sabotá-la, a Irmandade Mu­­çulmana adotou um discurso duplo, no último e decisivo dia da eleição presidencial do Egito. "Dificilmente perderemos", disse o chefe de campanha da Irmandade, Ahmed Aty, com base em projeções do partido.

Mas, na espaçosa casa que­­­­ serve de quartel-general­­ do­­ candidato presidencial Mo­­hamed Mursi, no centro do Cairo, a confiança era permeada por sinais de que uma derrota será considerada produto de fraude.

Frustrados diante de duas opções que abominam, um islamita e Ahmed Shafiq, ex-membro do antigo regime, jovens "revolucionários" fizeram campanha pelo boicote. A campanha preocupa­­ a Irmandade, que contava com o voto de protesto a Shafiq dos revolucionários.

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