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Diversos grupos islamitas, entre eles a Irmandade Muçulmana, iniciaram nesta sexta-feira (4) uma nova série de protestos no Egito contra a derrocada do presidente Mohammed Mursi, uma ação que deverá se estender até o próximo domingo, quando supostamente haverá uma grande manifestação conjunta na Praça Tahrir.

Em comunicado, a chamada Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade convocou os egípcios para participar das manifestações programadas "de forma ininterrupta e sem violência". Os protestos que foram iniciados hoje deverão se estender até o próximo dia 6 de outubro, data em que o país lembra o aniversário da guerra árabe-israelense de 1973.

Fontes de segurança informaram à Agência Efe que simpatizantes e opositores de Mursi já entraram em confronto na noite de ontem, na cidade de Mahala al Kubra, no delta do rio Nilo.

Já na capital, as forças da ordem se desdobraram na Praça Tahrir, na praça de Rabea al Adauiya - onde os islamitas estavam acampados até a violenta ação de despejo do último 14 de setembro - e em outras regiões estratégicas para evitar previsíveis distúrbios.

Na nota, os islamitas explicaram que a manifestação do próximo domingo, que trará o lema "Cairo, a capital da revolução", representa um "tributo aos heróis do Exército nacional e patriótico", em oposição aos militares que depuseram Mursi no dia 3 de julho.

A aliança considerou que "os verdadeiros líderes são aqueles que realizam suas responsabilidades em circunstâncias difíceis e apontam suas armas em direção ao inimigo real, nas fronteiras da pátria".

Os islamitas também criticaram a cúpula do Exército, liderado pelo general Abdel Fatah al Sisi e que derrubou Mursi após se apoiar nas maciças manifestações que defendiam eleições antecipadas.

Nos últimos três meses, as autoridades realizam uma campanha de detenções contra os líderes da Irmandade Muçulmana, que teve suas atividades proibidas sob a acusação de instigar à violência.

Para evitar novos protestos em massa, a força de segurança também reforçou a presença policial e militar na capital e em outros pontos estratégicos, o que dificultou a formação de novas concentrações entre os partidários de Mursi.

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