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Manifestantes cantam na praça Tahrir, em Cairo, capital do Egito | Esam Omran Al-Fetori/Reuters
Manifestantes cantam na praça Tahrir, em Cairo, capital do Egito| Foto: Esam Omran Al-Fetori/Reuters

Os resultados da apuração de votos em parte das zonas eleitorais egípcias confirmam as previsões de que os islamitas venceram as eleições realizadas na segunda e terça-feira no Egito, de acordo com informações publicadas na imprensa local neste sábado.

Na cidade de Port Said, no canal de Suez, a lista da coalizão liderada pela Irmandade Muçulmana obteve 32,5% dos votos, a dos salafistas do partido Al Nour 20,7%, e o Wasat, uma terceira formação islamita, 12,9%.

O liberal El Wafd obteve apenas 14% dos votos, enquanto Georges Ishaq, fundador no movimento Kefaya (Basta!) e figura histórica da oposição ao regime de Hosni Mubarak, não conseguiu passar para o segundo turno.

Na província do Mar Vermelho, a Irmandade Muçulmana obteve 30% dos votos, duas vezes mais que o Bloco Egípcio, uma aliança de partidos liberais, segundo informou o jornal diário Al Ahram.

A comissão eleitoral informou na sexta-feira que ainda não tinha capacidade de publicar os resultados completos desta primeira fase das eleições legislativas, que foi realizada em nove das 27 províncias, entre elas Alexandria e Cairo.

O restante do país deverá votar nas próximas semanas. Esta é a primeira eleição parlamentar desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, no início do ano.

Ontem, cerca de uma centenas de pessoas acampavam na praça Tahrir, em frente à sede do governo. "Todos aqueles em quem confiávamos nos traíram, El Baradei desapareceu e a Irmandade Muçulmana, agora que ganhou as eleições, já não está conosco", disse Mohamed el Asas, 25.

"Eu não votei porque ainda não vejo democracia. Os candidatos se apresentam para defender seus interesses, e não os do povo", disse o músico Mustafá Abdel Monem.

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