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Gaza (AFP) – Na padaria de Fayiz Abub, os fornos estão vazios e o estoque de farinha acabou há dias: "É a primeira vez que vivemos uma crise assim", garante o comerciante, maldizendo os israelenses pelo bloqueio ao qual submeteram a Faixa de Gaza.

Em grandes mesas, vários trabalhadores fazem as últimas tortas com o rosto coberto de suor. No chão, estão os últimos sacos de farinha vazios. A escassa quantidade de pão que conseguiu preparar nos últimos dias em seu estabelecimento, um dos maiores de Gaza, se esgotou em pouco tempo. Muitos padeiros da região simplesmente decidiram fechar as portas por falta de matéria-prima.

Israel justifica esse bloqueio por motivos de segurança e riscos de atentado – uma possibilidade que os palestinos rejeitam. "Todos os dias nos dizem que vão abrir Karni, mas o terminal continua fechado", reclama Fayiz, acrescentando que os israelenses estão punindo os palestinos por terem votado no Hamas, o movimento islâmico radical vencedor das eleições legislativas de janeiro passado.

Risco real

A polícia israelense interceptou ontem uma caminhonete que transportava um palestino com um cinturão de explosivos na estrada que liga Tel Aviv a Jerusalém, anunciou a emissora de rádio pública. Os oficiais prenderam este palestino e outros nove, que também estavam no veículo, na altura de Latrun.

O esquadrão antibombas da polícia desativou os explosivos e investiga agora se existem outros palestinos armados que se dispõem a cometer um atentado no centro do país, acrescentou a rádio.

Segundo fontes oficiais, a polícia israelense e os serviços de primeiros socorros estão em alerta máximo em Jerusalém por medo de atentado iminente no centro da cidade, a uma semana das eleições legislativas israelenses.

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