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Jerusalém – Depois de o grupo terrorista Hezbollah ter quebrado seu recorde de lançamento de foguetes contra Israel – 230 num mesmo dia –, o governo israelense anunciou ontem mais dez dias consecutivos de ataques ao Líbano. O anúncio da prorrogação das ações no Líbano foi feito pelo ministro da Justiça de Israel, Haim Ramon. Ele pediu paciência e determinação para deixar o Exército "terminar seu trabalho’’. Em 22 dias de guerra, há cerca de 900 mortos, mais de 800 do lado libanês.

Israel seguiu ontem em sua operação terrestre contra o Hezbollah, com 8 mil soldados e fortes bombardeios ao sul libanês. Ataques aéreos ampliaram a dimensão da ofensiva (veja quadro ao lado). O Hezbollah atingiu alvos a 70 quilômetros da fronteira, surpreendendo Israel. Houve pelo menos 20 mortos do lado libanês e 1 do lado de Israel. O Exército israelense disse ter capturado cinco militantes do Hezbollah, mas não divulgou a identidade deles.

Apesar da resistência do Hezbollah, os oficiais do Exército israelense disseram que pretendiam avançar 6,5 quilômetros dentro do Líbano até hoje. Até ontem, as forças israelenses teriam adentrado 3,2 quilômetros no território libanês.

As esperanças de um cessar-fogo diminuíram apesar de um apelo do Papa Bento XVI para que a comunidade internacional encontre uma solução rápida. Por outro lado, países árabes, que são sérios candidatos a um envolvimento no conflito, entraram nas discussões sobre a paz.

Os conflitos não terão fim enquanto o Estado judeu não fizer as pazes com todo o mundo árabe, opinaram os ministros do Exterior da Jordânia e do Egito. Os dois chanceleres foram as primeiras autoridades árabes a visitar o Líbano desde o início dos ataques israelenses 22 dias atrás.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, deve participar de uma reunião de emergência da Organização da Conferência Islâmica (OIC, na sigla em inglês) na Malásia, hoje, para discutir a guerra no Líbano. A Malásia, atual presidente da OIC, informou que a reunião deve pressionar por um cessar-fogo incondicional no Líbano.

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