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Ação Militar

Israel decide investigar ataque

Dois observadores internacionais farão parte de comissão encarregada de apurar violência em navio de ajuda à Faixa de Gaza

O gabinete israelense aprovou ontem a criação de um comitê in­­terno para investigar a ação mi­­litar de Israel contra uma flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O ataque terminou com nove ativistas turcos mortos.

"O gabinete votou unanimemente a favor da comissão", afirmou uma fonte do escritório do primeiro-ministro, pedindo anonimato. A formação de um comitê, que incluirá dois observadores estrangeiros, um do Canadá e outro da Irlanda, foi anunciada no fim do domingo pelo escritório do primeiro-ministro Ben­­jamin Netanyahu.

O comitê será chefiado pelo juiz aposentado da Suprema Corte Yaakov Tirkel. Ele terá a função de realizar uma investigação interna sobre os aspectos legais da operação de 31 de maio, na qual militares israelenses mataram nove ativistas turcos – um deles também com cidadania norte-americana – e feriram vários outros.

Ainda ontem, a Turquia re­­chaçou a comissão israelense para investigar a ação dos militares do próprio país. "Nós não te­­mos qualquer confiança de que Israel, um país que conduziu tal ataque contra um comboio civil em águas internacionais, irá realizar uma investigação imparcial", disse o ministro das Rela­­ções Exteriores turco, Ahmet Da­­­­vutoglu. "Qualquer investigação realizada unilateralmente por Israel não terá valor para nós."

Olhar de fora

A Turquia insiste que a ação militar deve ser investigada por uma comissão sob controle direto das Nações Unidas, com a participação de Turquia e Israel. "Ter um réu agindo simultaneamente como promotor e juiz não é compatível com qualquer princípio de lei", notou o ministro. "Se uma comissão internacional não for estabelecida e se as demandas legítimas da Turquia continuarem a ser ignoradas, a Turquia tem o direito de revisar unilateralmente seus laços com Israel e implementar sanções."

Washington elogiou a comissão israelense para investigar o caso, afirmando que se trata de "um importante passo adiante". A comissão israelense tem dois observadores estrangeiros, mas os críticos dizem que ela não cumpre com as demandas do Conselho de Segurança das Na­­ções Unidas, que pediu uma in­­vestigação internacional independente.

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