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Israel pediu desculpas nesta quarta-feira por prejudicar a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o anúncio sobre a construção de mais 1.600 casasem Jerusalém Oriental, mas deixou claro que não tem intenção de reverter a ordem que atrapalhou a última tentativa norte-americana por uma negociação de paz no Oriente Médio.

Enquanto Biden conversava com líderes palestinos na Cisjordânia, o ministro do Interior israelense Eli Yishai, cujo ministério anunciou as novas construções em terras reclamadas pelos palestinos para seu futuro Estado, disse que o problema foi de tempo e não de conteúdo.

"Não tivemos intenção ou desejo de ofender ou insultar um homem importante como o vice-presidente durante sua visita", disse Yishai à rádio Israel. "Sinto muito pelo embaraço. Precisamos nos lembrar que as aprovações são feitas de acordo com a lei, mesmo se a hora tiver sido errada...Da próxima vez precisamos levar isso em conta".

As conversas de Biden com os palestinos nesta quarta-feira tiveram como objetivo em parte diminuir as dúvidas sobre os últimos esforços de paz dos Estados Unidos. Os planos de Israel de construir mais casas em Jerusalém Oriental foram uma embaraçosa derrota para Biden depois de um dia de reuniões com autoridades israelenses e resultou numa incomum condenação da parte do vice-presidente.

Brasil e países europeus condenam assentamentos israelenses

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, e da Alemanha, Guido Westerwelle, condenaram nesta quarta-feira (10) a decisão de Israel de expandir seus assentamentos em territórios palestinos. Para Amorim, a decisão de Israel não contribui para a paz e é lamentável que ocorra justamente no momento de negociação entre os dois lados. "Somos absolutamente contra e deploramos a expansão dos assentamentos. Especialmente neste momento.(Essa iniciativa) Não é alvissareira". Segundo Amorim, a decisão de Israel tornará a negociação ainda mais difícil. "É expressão de setores que não querem a paz", disse.

A seu lado, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha afirmou que a iniciativa de Israel é seriamente preocupante. "A decisão de ampliar os assentamentos é um sinal errado em um momento errado", disse Guido Westerwelle. E completou: "Essa decisão não é de pouca importância, mas de grande preocupação".

A chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, também condenou nesta quarta-feira o plano israelense. Os Estados Unidos e as Nações Unidas também criticaram o projeto, na área que os palestinos desejam como capital de seu futuro Estado independente.

"Eu me somo ao vice-presidente (dos EUA, Joe) Biden em condenar a decisão de construir 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental", afirmou Catherine a parlamentares da UE, em Estrasburgo, na França.

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