• Carregando...

Israel devolverá todos os corpos de milicianos e suicidas palestinas que tem em seu poder há anos, no marco do reinício das negociações de paz, informa nesta quinta-feira (15) a edição digital do jornal Yedioth Ahronoth, após ter obtido confirmação judicial.

A decisão de devolver os corpos faz parte dos gestos de boa vontade de Israel aos palestinos para voltar à mesa de negociações, e também se deve porque a manutenção de seus túmulos e dados se tornou uma "dor de cabeça" para o Ministério de Defesa, que é encarregado do assunto.

A fonte não revela o número destes corpos em poder de Israel, mas afirma que o Governo israelense confirmou que "trabalha para devolver esses corpos" ao ser questionado pela Corte Suprema, onde ventila nestes dias uma reinvidação de várias famílias palestinas para recuperar os restos de seus seres queridos.

Trata-se de palestinos envolvidos em ataques contra o Exército e atentados contra civis, entre eles vários suicidas que ficaram despedaçados com a explosão de suas bombas no meio de povoações israelenses.

No ano passado, Israel devolveu à Autoridade Nacional Palestina (ANP) 91 corpos também como gesto de boa vontade, acrescenta a fonte, que também obteve confirmação por parte do ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein el-Sheikh.

Ontem, após a publicação da informação pela primeira vez, o Escritório do primeiro-ministro israelense desmentiu categoricamente que fosse devolver os corpos, mas confirma a mesma informação em sua resposta do Supremo Tribunal.

A ANP mostrou seu interesse em receber os restos, mas exige que Israel realize provas de DNA antes para que não haja dúvidas na identificação de cada um.

Israel enterra os corpos de atacantes palestinos mortos por suas forças de segurança em vários "cemitérios de terroristas" especialmente habilitados, e no qual os túmulos não estão identificados por nome.

Os dados dos atacantes estão guardados em arquivos sob extrema segurança.

Estes corpos serviram no passado para trocar por soldados israelenses mortos no campo de batalha no Líbano ou Gaza, em troca de informação sobre soldados desaparecidos e inclusive em intercâmbios com militares cativos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]