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Israel declarou neste domingo (15) que a ocupação dos territórios palestinos só terminará por meio de negociações de paz, em resposta ao pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

"A ocupação israelense das terras árabes e palestinas deve terminar, além dos assentamentos ilegais, já que impedem a criação de dois Estados que vivam um ao lado do outro", disse neste domingo Ban em uma conferência em Beirute.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Paul Hirschson, afirmou à Agência Efe: "estamos fazendo todos os esforços possíveis para levar os palestinos à mesa de negociação e chegarmos a um acordo para solucionar esse conflito de mais de seis décadas".

"Se não nos reunirmos com os palestinos e não tivermos negociações construtivas com eles, não haverá mudanças", informou o porta-voz, que acrescentou que o importante é que ambas as partes se sentem para definir como vai ser feito o acordo.

Em 3 de janeiro, representantes palestinos e israelenses mantiveram em Amã, na Jordânia, seu primeiro contato direto oficial em 15 meses, para tentar retomar o processo de paz, relançado em setembro de 2009 e interrompido poucas semanas depois de seu início pela recusa israelense a suspender a ampliação das colônias em território ocupado durante o diálogo de paz.

No sábado, as partes voltaram a se encontrar pela terceira vez e decidiram se reunir de novo no dia 25, também na capital jordaniana, um dia antes do fim do prazo dado pelo Quarteto de Madri (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) para que ambas entreguem por escrito sua posição sobre dois dos principais pontos de conflito: fronteiras e segurança.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, nega-se a voltar a negociar enquanto continuar a ampliação dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental e Israel não assumir as fronteiras de 1967 como base do futuro Estado palestino.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que os palestinos reconheçam Israel como "Estado judeu" e considerou que as fronteiras devem estar totalmente abertas à negociação.

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