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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta segunda-feira que seu país está pronto para iniciar conversações de paz com a Síria, se Damasco for séria a esse respeito - numa postura que contrasta com a do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cuja abordagem a respeito do processo de paz na região é quase inativa, enquanto durem as rebeliões e tumultos nos países árabes.

Barak afirmou que Israel precisa olhar além dos riscos que cresceram com as mudanças que estão em curso no mundo árabe, onde os governantes autoritários do Egito e da Tunísia foram derrubados e o governante da Líbia, Muamar Kadafi, enfrenta uma insurgência que ameaça seus 41 anos no poder.

Barak reconheceu que as revoltas poderão ter implicações negativas para Israel, porque ainda não está claro que tipo de governo os egípcios escolherão, e se o sucessor do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, respeitará totalmente o acordo de paz firmado com Israel em 1979. A junta militar que assumiu o poder no Egito, após a queda de Mubarak em 11 de fevereiro, prometeu respeitar o tratado de paz.

"Os sírios estão sinalizando, de mais de uma maneira, que eles estão prontos a considerar um acordo", disse Barak. "Eu acho que temos que explorar qualquer oportunidade. Se ficar claro que o presidente sírio realmente explora essa possibilidade, com a compreensão de que a paz é algo mútuo, então ele nos encontrará prontos para conversar".

Em troca de um possível acordo de paz, a Síria deseja que Israel devolva territórios capturados na Guerra dos Seis Dias, em 1967: as Colinas de Golã e pequenas faixas de terras às margens do Mar da Galileia. Israel e Síria tiveram várias rodadas de negociações indiretas, mediadas pela Turquia em 2008. As negociações entraram em colapso após Israel lançar uma incursão contra a Faixa de Gaza em 2009. As informações são da Associated Press.

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