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Opinião

Israel é aliado do Líbano, diz analista

Curitiba – Se os problemas entre Líbano e Israel não forem tratados com maior profundidade, a trégua não será suficiente para garantir a paz na região. Quem faz a afirmação é a jornalista e escritora espanhola Pilar Rahola, que veio a Curitiba participar de palestras realizadas nesta sexta-feira e ontem no Centro Israelita do Paraná. Ela se notabilizou na Europa pelas análises que faz dos conflitos no Oriente Médio. "O conflito entre os dois países não começou com o seqüestro do soldado israelense e nem vai ser resolvido com a trégua. Nem mesmo com a liberação dos reféns e a destruição do Hezbollah. O Líbano é um país dominado pelo Irã e pela Síria, e a intenção desses países não é a paz", argumenta.

Para a analista, Israel está sendo criminalizado e a população libanesa "deveria lembrar que os palestinos foram os primeiros a tomar conta do seu território" e que a Síria e o Irã também sempre interferiram nas questões políticas do Líbano. "Israel é apontado como o grande inimigo, mas é o único amigo que o Líbano tem. Israel pode fazer parte do problema, mas também faz parte da solução", explica.

Ela afirma que a intenção de Israel e de seus aliados não é enfraquecer o Líbano, mas combater o totalitarismo e a tirania de grupos como o Hamas e o Hezbollah, que fazem apologias contra a cultura ocidental e a democracia. "O objetivo deles é construir uma república islâmica. Para isso, gastam milhões de dólares para espalhar a ideologia do fanatismo", comenta. Para Pilar, a atuação dos grupos terroristas continua sendo o maior problema do mundo, pois além de espalharem o medo, destroem a riqueza da cultura árabe e não educam para a paz.

Apesar de considerar a guerra do Iraque um equívoco, Pilar Rohala diz acreditar que os Estados Unidos têm um papel fundamental na resolução dos conflitos, mesmo sendo um país vilanizado desde os tempos em que a União Soviética atuava no Afeganistão e apoiava países como a Síria. "Foi o único país a tentar conciliar as partes, mediou três acordos entre a Palestina e Israel. As potências da Europa, por outro lado, nunca tentaram, sempre se preocuparam apenas com os seus próprios interesses."

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