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Oswiecim, Polônia (AFP) – Sessenta e um anos após a libertação de judeus do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, localizado em Oswiecim, no sul da Polônia, Israel e Europa lembraram ontem os 6 milhões de pessoas assassinadas durante a Segunda Guerra Mundial. A iniciativa se inscreve nas cerimônias do primeiro dia mundial dedicado à memória das vítimas do Holocausto. A data, proclamada no ano passado pelas Nações Unidas, foi escolhida porque foi em 27 de janeiro de1945 que os últimos prisioneiros deixaram Auschwitz.

Lá, centenas de sobreviventes enfrentaram o frio e a neve de ontem para homenagear mais de um milhão de judeus, homossexuais e ciganos, que morreram, de 1942 a 1945, nas câmaras de gás de uma das mais intensas usinas de morte de Hitler.

"Auschwitz é o maior cemitério sem tumbas da Europa. É muito importante preservar a memória do que aconteceu aqui, mantê-la viva para as próximas gerações como uma advertência a um mundo ainda mergulhado no ódio e na violência", declarou o primeiro-ministro polonês, Kazimierz Marcinkiewicz.

Em Varsóvia, um bonde histórico, idêntico àquele que passava pelos guetos de Varsóvia entre 1940 e 1943, com a estrela de David em lugar do número, percorreu as ruas da cidade. A iniciativa partiu de Golda Tancer, da Fundação Shalom.

"A lembrança é a melhor resposta àqueles que afirmam que o Holocausto é uma invenção ou um exagero", declarou, por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, em Genebra, na Suíça. Grandes homenagens também foram feitas na Hungria, na Estônia, na Lituânia e na República Tcheca, países que tiveram a população de origem judaica perseguida durante a Segunda Guerra.

Em Israel, foi grande o número de visitas ao hall de fotos e nomes de vítimas instalado no Memorial Yad Vashem, em Jerusalém. Em Berlim, a antiga capital do Reich de Hitler, onde os nazistas decidiram em janeiro de 1942 exterminar toda a população judaica da Europa, os políticos alemães se reuniram no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, para lembrar a data como um momento triste da história nacional.

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