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O presidente palestino Mahmoud Abbas ameaçou nesta terça-feira (03) tomar "novas medidas" contra Israel se a reunião na Jordânia fracassar na retomada as conversações de paz. A declaração foi feita pouco antes da reunião, que acontece em Amã.

O objetivo do encontro, o primeiro entre os dois lados em mais de um ano, é estabelecer uma agenda para a renovação das conversações de paz.

Os palestinos dizem que Israel deve congelar a construção de assentamentos e concordar em retornar às fronteiras pré 1967 - quando houve a Guerra dos Seis Dias e a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza - para a retomada das negociações. Os palestinos querem estabelecer seu Estado independente na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, áreas tomadas por Israel em 1967.

Abbas disse que se Israel aceitar as condições palestinas "iremos para as negociações". Ele afirmou que os palestinos estabeleceram 26 de janeiro como data final para a retomada das conversações. "Depois desta data, tomaremos novas medidas. Essas medidas podem ser duras", disse ele.

Abbas afirmou que nenhuma decisão foi tomada ainda. Mas autoridades palestinas disseram que estudam a retomada das ações para a adesão à Organização das Nações Unidas (ONU), assim como uma forma para isolar Israel na ONU, como uma nova resolução condenando assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

As negociações de paz paralisaram em setembro de 2010, após o fim do congelamento de construções em assentamentos judaicos. Os palestinos afirmam que não há como negociar se Israel continuar a construir em terras ocupadas. Cerca de 500 mil israelenses vivem atualmente na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Israel afirma que as conversações de paz deveriam começar imediatamente, mas sem precondições. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já descartou o retorno às fronteiras pré-1967 afirmando que elas seriam indefensáveis.

A reunião desta terça-feira ocorre sob os auspícios do Quarteto para o Oriente Médio, grupo formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU, e que tenta estabelecer um acordo de paz até o final do ano. As informações são da Associated Press.

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