O governo israelense ameaçou ontem lançar uma nova ofensiva contra o movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. Na madrugada de ontem, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
Pelo menos três crianças ficaram feridas, segundo fontes palestinas, no que foi considerado a pior ofensiva israelense desde janeiro de 2009, quando 1.400 palestinos morreram, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos e fontes locais.
"Se não cessarem os foguetes contra Israel, parece-me que vamos ter de elevar o nível de nossa atividade e intensificar nossas ações contra o Hamas", declarou o vice-primeiro-ministro Sylvan Shalom à rádio pública israelense.
O Exército israelense alegou que os bombardeios foram uma resposta ao lançamento de um foguete palestino contra a cidade israelense de Ashkelon, ontem. Segundo Israel, foram atingidos duas fábricas e dois depósitos de armamentos.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional para que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos a comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial. Ele também pediu a extremistas do partido que contenham novos ataques a Israel.
Em Londres, o Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação pelos ataques. Os Estados Unidos insistiram que israelenses e palestinos privilegiem o diálogo.
"Os israelenses têm o direito de se defender, mas ao mesmo tempo, como dissemos muitas vezes, não acreditamos que há uma solução militar para este conflito", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley.
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