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Israel anunciou hoje que vai cancelar a transferência mensal da receita tributária que coleta para os palestinos, como resposta à chegada do Hamas ao poder. São cerca de US$ 50 milhões.

Sem esse dinheiro, a Autoridade Palestina terá problemas em sua folha de pagamento - são 140 mil trabalhadores que dependem desse dinheiro para receber salários.

O primeiro-ministro em exercício, Ehud Olmert, disse neste domingo que seu governo não terá contato com a Autoridade Palestina enquanto o Hamas fizer parte do governo.

- A Autoridade Palestina está, de fato, se tornando uma autoridade terrorista. Israel não concordará com isso. Israel não vai se comprometer com o terror e vai continuar a lutar com todo seu poder - disse ele, salientando que não atacará o fluxo de ajuda humanitária que a população recebe.

As demais opções sugeridas pela pasta da Defesa não vão ser implementadas. O governo israelense não vai bloquear Gaza, nem suspender os projetos em que o país está envolvido na região, entre os quais a contrução de um aeroporto.

O novo parlamento palestino tomou posse ontem, e o Hamas confirmou, em mensagem por escrito, o nome de Ismail Haniyeh para o cargo de primeiro-ministro.

Além de sofrer a sanção imposta por Israel, o governo começará com menos US$ 50 milhões.

A Autoridade Palestina concordou em devolver o dinheiro que fora enviado pelos Estados Unidos. O Departamento de Estado não quer que a quantia seja usada por uma administração liderada pelo Hamas, uma organização que tem status de terrorista não só nos Estados Unidos e em Israel, mas também na União Européia.

No sábado, o porta-voz do grupo dissera que o Hamas não vai negociar com Israel, ignorando o pedido do presidente da Autoridade Palestina em direção ao pragmatismo, renunciando à violência.

- Declaramos nossa posição desde o início, e não há mudança - disse Abu Zuhri, o porta-voz do Hamas.

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