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Judeu e mulher palestina dividem em ônibus em Jerusalém | Baz Ratner / Reuters
Judeu e mulher palestina dividem em ônibus em Jerusalém| Foto: Baz Ratner / Reuters

O governo de Israel vai permitir “interrogatórios mais duros” contra suspeitos de integrar grupos extremistas judeus usando métodos que só eram usados contra palestinos detidos. A decisão foi tomada poucos dias após um ataque atribuído a judeus ultranacionalistas na Cisjordânia. Na sexta-feira, extremistas teriam ateado fogo a uma casa de palestinos na Cisjordânia, matando um bebê de 18 meses.

O anúncio foi feito um dia depois de o governo informar que vai começar a deter, sem julgamento, cidadãos suspeitos de violência política contra os palestinos. Até agora, essa prática também só era usada contra palestinos sob suspeita. O premiê Benjamin Netanyahu ficou sob forte pressão para enfrentar grupos judeus ultraortodoxos desde o ataque da sexta-feira.

Ontem, o ministro da Segurança Interior, Gilad Erdan, disse que o gabinete de segurança que aprovou as medidas de detenção no domingo também autorizou a realização de interrogatórios “mais fortes” contra judeus suspeitos.

“Um método de interrogatório como o ‘iltul’, ou qualquer ato que seja feito quando se trata de terroristas palestinos, deve ser feito quando se trata de um terrorista judeu “, disse Erdan, referindo-se a um termo hebraico para obter informações de um suspeito.

Ontem, duas pessoas ficaram feridas quando uma bomba incendiária foi atirada contra um carro em Jerusalém. Uma mulher ficou gravemente ferida.

Prisão

A polícia israelense e agentes do serviço secreto Shabak detiveram ontem um suspeito de participar de atos de terrorismo nacionalista. Meir Etinguer, de 24 anos, é acusado de ataques contra igrejas e civis palestinos. Etinguer foi detido na cidade de Safed, na Galileia.

Ele é neto do rabino radical Meir Kahana, assassinado em 1990 por um palestino após uma conferência em Nova York, e está nas listas de suspeitos do Shabak desde 2010, quando integrou o grupo “Jovens das colinas”, que cometeu vários ataques contra a população palestina e contra as forças de segurança israelenses.

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