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O presidente do Parlamento palestino, Abdel Aziz Duaik, membro do grupo Hamas, foi libertado nesta terça-feira (23) de uma prisão israelense após quase três anos na cadeia. "Meu corpo está livre, mas minha alma ainda está na cela com os outros prisioneiros", afirmou Duaik. Ele é o mais graduado entre dezenas de políticos do Hamas detidos após militantes da Faixa de Gaza leais ao grupo sequestrarem o soldado israelense Gilad Schalit, em junho de 2006. Na quinta-feira (25) será completado três anos da captura de Schalit.

Duaik já estava preso há algum tempo, mas apenas em dezembro uma corte militar israelense o condenou a três anos de prisão. O político palestino sofre de pressão alta e diabetes e, segundo seu advogado, Fadi Kawasimi, a pena nesses casos geralmente é bastante reduzida por bom comportamento. O Hamas afirma que 35 de seus parlamentares ainda estão em prisões israelenses.

O Hamas não informou se Duaik, que foi libertado dentro da Cisjordânia, retomaria sua função. De qualquer modo, o Parlamento palestino não funciona desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza, em junho de 2007. Na prática, isso criou uma situação de duas lideranças, o Hamas em Gaza e a Autoridade Palestina, do presidente Mahmoud Abbas, na Cisjordânia.

Colônias

Um grupo israelense informou nesta terça que o governo formulou planos para legalizar 60 residências já existentes em uma colônia não autorizada na Cisjordânia e permitir a construção de outras 240. A medida é contrária ao pedido dos Estados Unidos para a interrupção das construções e reforça o argumento palestino de que as colônias não autorizadas têm como meta tomar permanentemente terras que seriam de um futuro Estado palestino.

Os planos foram aprovados pelo ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, segundo a organização não-governamental (ONG) Bimkom especializada em planejamento. O Ministério da Defesa ainda não comentou a notícia. A colônia fica algumas centenas de metros distante de outra já estabelecida por Israel, Talmon, e é perto também de Ramallah, sede do governo palestino. Há mais de 100 colônias estabelecidas sem a aprovação oficial do governo, mas em muitos casos com a cooperação de agências oficiais.

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