• Carregando...
Em entrevista ao “Haaretz” publicada no fim de semana, Dayan criticou o governo de Israel, alegando que não se fez o suficiente para obter o aval de Brasília. | /
Em entrevista ao “Haaretz” publicada no fim de semana, Dayan criticou o governo de Israel, alegando que não se fez o suficiente para obter o aval de Brasília.| Foto: /

O Ministério israelense das Relações Exteriores insistirá na aprovação, por parte do governo brasileiro, de seu novo embaixador no país, Danny Dayan, ex-presidente do Conselho de Colonos na Cisjordânia ocupada.

Brasília não deu seu “agrément” a Danny Dayan, designado como novo embaixador no início de agosto passado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

“O Ministério das Relações Exteriores utilizará todos os meios de que dispõe para que se aceite a nomeação de Danny Dayan”, declarou a vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely, citada em uma nota, divulgada após uma reunião no domingo para tratar do tema. “Não aceitaremos uma situação, na qual não nomeamos um embaixador por suas opiniões políticas”, frisou.

De acordo com fontes diplomáticas, citadas nesta segunda-feira pelo jornal israelense “Haaretz”, haverá, na quinta-feira, uma nova reunião sobre o caso, na presença do premiê Netanyahu.

Em entrevista ao “Haaretz” publicada no fim de semana, Dayan criticou o governo de Israel, alegando que não se fez o suficiente para obter o aval de Brasília.

Nascido na Argentina, Dayan emigrou para Israel em 1971, aos 15 anos. Presidente do Conselho de Yesha dos colonos da Cisjordânia entre 2007 e 2013, opõe-se à criação de um Estado palestino.

Questionado sobre a designação de Dayan, o Ministério brasileiro das Relações Exteriores não quis comentar o tema.

O Brasil reconheceu o Estado palestino em 2010. Em 2012, o Itamaraty convocou o embaixador israelense da época para manifestar “seus temores” em relação ao projeto de construção de novas colônias em Jerusalém e na Cisjordânia.

Em 2014, o Brasil chamou para consulta seu embaixador em Israel em protesto contra “o uso indiscriminado da força” durante a guerra na Faixa de Gaza. A medida foi criticada pelos israelenses.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]