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Ataques aéreos e bombardeios israelenses mataram oito palestinos na Faixa de Gaza nesta terça-feira, disseram autoridades médicas locais. Há vários meses não ocorriam tantas mortes num só dia no conflito no território.

Autoridades médicas palestinas disseram que três adolescentes com idades de 12, 16 e 17 anos que estavam jogando futebol e um parente adulto foram mortos num bombardeio israelense. Quatro militantes foram mortos em um ataque aéreo posterior, em outra parte da Faixa de Gaza, segundo os médicos.

As Forças Armadas de Israel afirmaram que os militantes dispararam granadas de morteiro contra o território israelense e que suas tropas responderam com o mesmo tipo de armamento. Os militares expressaram pesar por quaisquer vítimas civis. Israel não fez comentários de imediato sobre o ataque aéreo.

A tensão aumentou na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza nas últimas semanas e o número de mortes desta terça-feira foi o maior em um único dia nos últimos meses. O grupo islâmico Hamas, que governa o território, ameaçou em seguida com uma possível escalada no conflito.

"Este massacre não vai passar assim facilmente. A entidade sionista deve se preparar para uma dura resposta", disse o porta-voz do Hamas, Ismail Rudwan, no website do grupo.

O Ministério de Relações Exteriores da França apelou aos dois lados para que demonstrem contenção, depois que 19 palestinos ficaram feridos em seis ataques aéreos na segunda-feira.

HAMAS INTENSIFICA DISPAROS

Depois de um período de calmaria desde que os dois lados entraram em guerra dois anos atrás, o Hamas intensificou recentemente os disparos de foguete contra o território israelense. O grupo afirmou que seus combatentes lançaram mais de duas dezenas de granadas de morteiro e foguetes durante o fim de semana.

Israel retaliou com investidas aéreas e por terra, dizendo ter como alvo os militantes que disparam foguetes e granadas de morteiro contra suas cidades e vilas.

Segundo os militares israelenses, mais de 130 projéteis foram lançados a partir da Faixa de Gaza, dos quais cerca de 60 desde sábado.

Nas incursões desta terça-feira, Israel matou quarto militantes do grupo Jihad Islâmica, em um ataque aéreo a leste da Cidade de Gaza, disseram autoridades do Hamas e equipes médicas.

Num bombardeio anterior, as forças israelenses disseram ter visado militantes que disparavam contra Israel. Mas autoridades médicas palestinas afirmaram que as bombas atingiram uma casa, matando quatro pessoas e ferindo 12, incluindo oito crianças.

O proprietário estava dentro da casa e os adolescentes jogavam futebol do lado de fora, disseram autoridades médicas e testemunhas.

"Alguns dos que foram mortos eram terroristas", disse uma porta-voz militar israelense, acrescentando que "aparentemente pessoas não envolvidas (nos tiroteios) foram atingidas e o Exército lamenta isto."

Ela também disse que Israel "não busca nenhuma escalada" nas tensões.

Analistas palestinos relacionaram a crescente violência aos pedidos do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, de encerrar uma disputa de quatro anos com o Hamas, que tomou o controle de Gaza em 2007, em uma luta sangrenta com o movimento Fatah, de Abbas.

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