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Israel expressou confiança na terça-feira em que o presidente dos EUA, Barack Obama, não irá contestar a política israelense de longa data de nem confirmar nem negar que possua armas nucleares.

Indagado se Israel está perdendo o apoio dos EUA a sua política de "ambiguidade nuclear," o ministro da Defesa, Ehud Barak, disse à Rádio do Exército Israelense: "Não creio nisso. Conversei longamente com o presidente Obama sobre essas questões há apenas dez dias."

Barak se reuniu com Obama e outros representantes dos EUA em Washington durante a conferência da ONU em Nova York que reuniu os participantes do tratado de não proliferação nuclear, do qual Israel não é signatário.

Na quarta-feira passada, na esperança de conseguir o apoio de países árabes à proposta de sanções contra o Irã, os EUA e outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU pediram que sejam encontradas maneiras de implementar uma iniciativa de 1995 que garanta o desarmamento nuclear em uma região na qual presume-se amplamente que Israel seja o único país a possuir tais armas.

A declaração se seguiu a uma campanha do Egito para chamar a atenção, durante a conferência de não proliferação deste mês, para Israel, que determinou a paz com todos seus vizinhos como condição prévia para firmar o pacto.

Barak disse que o Irã e a Coreia do Norte, e não Israel, são o alvo principal dos esforços internacionais de não proliferação nuclear.

"Não há razão para alarme. Não existe nenhuma ameaça real à posição e aos entendimentos tradicionais entre Israel e os Estados Unidos," disse Barak.

Nos últimos 40 anos os EUA vêm mantendo uma postura de "não perguntar, não revelar" em relação ao suposto arsenal nuclear israelense, que se acredita conter cerca de 200 ogivas atômicas - motivo de queixa por parte de muitos árabes e muçulmanos, para os quais o suposto arsenal representa uma ameaça.

A estratégia de ambiguidade adotada por Israel é descrita como uma maneira de dissuadir inimigos e, ao mesmo tempo, evitar provocações públicas que pudessem desencadear uma corrida armamentista.

Indagado na entrevista por que Israel, que opera um reator altamente sigiloso nos arredores da cidade de Dimona, no sul do país, não reconhece que é uma potência nuclear, Barak respondeu: "Acho que nossa postura é a correta. Não há razão para mudá-la."

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