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O vice-ministro da Defesa de Israel, Ephraim Sneh, negou hoje que o Estado hebreu tenha pedido permissão aos Estados Unidos para sobrevoar o Iraque para um eventual ataque contra o Irã, e disse que as informações a este respeito são propagadas pelos que não querem lidar diplomaticamente com Teerã.

"Os que não querem lidar política, diplomática e economicamente (com o problema apresentado pelo programa nuclear iraniano) tentam desviar a atenção sobre preparativos que supostamente estamos fazendo", disse Sneh em declarações à rádio pública de Israel.

Segundo a edição de hoje do jornal britânico "The Daily Telegraph", Israel estaria negociando com os EUA a autorização de dispor de um corredor aéreo sobre o Iraque caso seja necessário atacar as instalações nucleares iranianas.

Há 25 anos, Israel bombardeou e destruiu um reator no Iraque e a crise atual com o Irã dá lugar, de forma recorrente, a informações sobre uma possível operação semelhante contra a República Islâmica.

Na opinião de Sneh, são "as autoridades internacionais - particularmente do Ocidente - que querem evitar lidar diretamente com o Irã" e tentam "propagar a história" de um ataque israelense ao país dos aiatolás.

Esta semana, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou, em entrevista coletiva, que ainda há espaço para solucionar o problema nuclear iraniano por meio de pressão econômica e diplomática.

"O Irã não está tão perto (de poder produzir armamento nuclear) como assegura que está, embora também não esteja tão longe como gostaríamos" e "ainda se pode fazer algo por meio de esforços econômicos, diplomáticos, financeiros e políticos da comunidade internacional", disse o chefe do Governo israelense.

Olmert não quis responder a uma pergunta sobre a partir de quando Israel pode considerar que o Irã "cruzou a linha vermelha", mas insistiu em que há margem para usar a pressão diplomática e econômica.

O premier reprovou também, como em outras ocasiões, que um Estado da ONU, como o Irã, peça a destruição de outro país-membro, conforme fez em relação a Israel.

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