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O comparecimento dos israelenses nas eleições nacionais desta terça-feira (10) diminuiu à tarde, levantando em analistas a possibilidade de que o total de votantes fique abaixo dos 63,5% de 2006 e mesmo abaixo dos 62,3% de 2001, pior índice da história do país. Apesar de, pela manhã, o comparecimento de eleitores registrados às urnas ter sido maior em comparação às eleições de 2006 - 23 4% ao meio-dia local, dois pontos porcentuais a mais que na mesma hora da eleição passada -, à tarde o comparecimento estava em apenas 42% dos cidadãos habilitados a votar, segundo a comissão central eleitoral.

Os israelenses foram às urnas para escolher um novo governo em uma batalha acirrada no último minuto entre o centrista Partido Kadima e o Likud, de direita.

A líder do Kadima, a ministra de Relações Exteriores Tzipi Livni, de 50 anos, uma ex-espiã da Mossad, prometeu manter as conversas de paz com os palestinos, buscando uma solução de dois Estados. O rival dela, Benjamin Netanyahu, de 59 anos, líder do Likud, rejeita muitas das concessões vistas como cruciais para se chegar à paz.

O resultado pode afetar os planos do presidente dos Estados Unidos Barack Obama, para realizar um processo bem-sucedido de paz entre israelenses e palestinos.

Netanyahu liderou as pesquisas durante meses. Porém, nos últimos dias a ministra ganhou espaço, ameaçando o rival. Uma pesquisa de última hora registrou Tzipi Livni pulando na frente. "Eu diria que é uma disputa acirrada com uma margem mínima para Livni", disse o pesquisador independente Rafi Smith. "Mas esta é uma corrida muito apertada, que pode pender para qualquer lado.

Caso vença, Tzipi Livni seria a primeira mulher a liderar Israel em 40 anos. No entanto, o complexo sistema eleitoral israelense não garante que ela se torne primeira-ministra por ter mais votos. Como os partidos de direita tem melhores perspectivas nestas eleições, a centrista pode ter dificuldades para formar uma coalizão com 61 dos 120 membros do Parlamento. Caso não consiga fazê-lo, o presidente Shimon Peres pode determinar que Netanyahu lidere o governo.

Além da previsão de tempo ruim em boa parte do país, os israelenses comparecem às urnas pela sexta vez em dez anos, depois da renúncia do primeiro-ministro Ehud Olmert, suspeito de envolvimento com corrupção. Olmert afirma ser inocente.

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