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O comandante da Força Aérea israelense, general Eliezer Shkedy, foi nomeado diretor de uma campanha contra países que não fazem fronteira com Israel, principalmente a República Islâmica do Irã, informa nesta sexta-feira o jornal "Haaretz".

A decisão do chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz, havia sido tomada antes dos recentes confrontos contra a milícia xiita Hezbollah, no Líbano, acrescenta o jornal.

Como parte de suas responsabilidades, Shkedy teria que preparar os planos de batalha e dirigir as forças como um maestro, nas palavras de um oficial militar, caso haja uma guerra com o Irã. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou em diferentes ocasiões que Israel deve ser riscado do mapa.

O Irã, segundo Israel, é o principal aliado político e militar da milícia libanesa do Hezbollah, que seria a vanguarda da ofensiva iraniana.

Shkedy, acrescenta o jornal israelense, também coordenará suas atividades com os serviços secretos de Informação das Forças Armadas e outros órgãos militares, além do Serviço Secreto (Mossad).

As Forças Armadas, segundo a fonte militar, atuaram cada uma dentro de sua área de responsabilidade durante a guerra de 1991, no Golfo Pérsico. Na ocasião, o Iraque atacou Israel com 42 mísseis balísticos. O país não participou da ofensiva coordenada pelos Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes após a ocupação iraquiana do Kuwait.

O Irã desenvolve um programa de enriquecimento de urânio, um dos materiais que podem ser usados para a construção de bombas atômicas. Além disso, conta com mísseis do tipo Shehab, capazes de atingir qualquer alvo em Israel.

Fontes estrangeiras consideram Israel uma potência nuclear. Suas Forças Armadas dispõem de foguetes Jericó, com os quais podem chegar a Teerã.

Segundo as autoridades israelenses, Irã e Síria abasteceram o Hezbollah nos últimos seis anos com cerca de 13 mil foguetes Katyusha e mísseis terra-terra al-Fajr, entre outros. Os ativistas dispararam 3.970 contra a população do Norte de Israel durante os recentes confrontos.

Israel seria o primeiro alvo dos mísseis do Irã, afirmam meios militares locais, caso os EUA e outros países optem por uma campanha militar como forma de acabar com o programa nuclear iraniano.

Segundo o Serviço de Informações das Forças Armadas, diz o "Haaretz", o Irã mantém seu programa nuclear, tanto em instalações abertas e conhecidas quanto por canais secretos.

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