Israel reconheceu que tropas dispararam um morteiro em direção ao pátio de uma escola, que servia de abrigo das Nações Unidas (ONU), na semana passada, mas alegou que imagens aéreas confirmam que o local estava vazio no momento dos disparos.
Autoridades palestinas informam que Israel disparou contra a escola, localizada na cidade de Beit Hanoun, na última quinta-feira, matando 16 pessoas e ferindo dezenas.
A escola era uma das dezenas usadas como abrigo para os milhares de palestinos desabrigados, especialmente provenientes de áreas da Faixa de Gaza em fronteira com Israel. A agência de ajuda da ONU, que opera as escolas, pede por uma investigação. "É importante que em um caso como esse, onde uma escola das Nações Unidas, com centenas de refugiados, foi atingida dessa forma, exista total transparência e responsabilidade", disse Chris Gunness, porta-voz da agência das Nações Unidas.
Imagens de fotógrafos da Associated Press da escola, após o incidente, mostram marcas de sangue no pátio e pertences espalhados. Ao chegar ao local, o fotógrafo informou que os feridos já haviam sido removidos e, em um hospital, o mesmo profissional da AP foi informado de que as pessoas tinham sido feridas em uma escola da ONU.
Saed al-Saoudi, comandante da Defesa Civil em Gaza, disse no domingo que "todas as declarações dos feridos, testemunhas, paramédicos e médicos confirmam que as bombas israelenses foram a causa do massacre".
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