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Israel disse nesta terça-feira que não vai negociar com a Síria enquanto o país continuar apoiando grupos militantes, rejeitando assim as declarações do presidente sírio, Bashar al-Assad, de que está disposto a entrar em negociações de paz.

Assad disse em entrevista à BBC, transmitida na segunda-feira, que estava disposto a ouvir se Israel estava pronto para uma reconciliação, mas questionou a força do governo do primeiro-ministro Ehud Olmert para movimentar-se na direção da paz.

- Israel sempre esteve muito interessada em chegar à paz com seus vizinhos - disse Miri Eisin, porta-voz do gabinete de Olmert. - Bashar al-Assad não tem interesse na paz. Ele está preocupado com a reação mundial ao seu envolvimento no financiamento, apoio e abrigo ao terrorismo. Ele deveria ser avaliado por suas ações, não por suas palavras.

Estados Unidos e Israel dizem que a Síria dá armas e financia facções que querem a destruição de Israel, como o Hezbollah, no Líbano, e o grupo militante palestino Hamas, cujo líder supremo vive em Damasco.

Assad nega. Ele disse à BBC que a Síria ofereceu apenas apoio político ao Hezbollah e rejeitou acusações de que seja uma organização terrorista. Ele também disse que seu país vai ajudar a garantir que o grupo libanês não adquira novas armas.

Para Israel concordar em renovar as negociações, a Síria precisa primeiro mudar de posição em relação a grupos militantes, disse Eisin.

- Coisas simples: não permitir que todas as organizações terroristas tenham abertamente seus quartéis generais em Damasco - disse.

- Não ter o ministro do Exterior da Síria dizendo que desejaria lutar com o Hezbollah seria um grande passo na direção certa.

O ministro do Exterior sírio, Walid al-Moualem, disse durante a guerra entre o Hezbollah e Israel, em julho e agosto, que estaria "pronto a ser um soldado à disposição de Sayyed Hassan Nasrallah (chefe do Hezbollah)".

As negociações de paz entre Israel e Síria fracassaram em 2000. A Síria quer a devolução das Colinas do Golã, que Israel capturou na Guerra de 1967 e depois anexou, em medida que não foi reconhecia internacionalmente.

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