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O governo de Israel ordenou nesta madrugada a suspensão por 48 horas dos bombardeios aéreos, mas as operações das forças de terra continuarão para destruir a infra-estrutura do Hezbollah no Sul do Líbano.

Um porta-voz militar israelense desmentiu nesta segunda-feira um suposto ataque aéreo na estrada de Beirute a Damasco, perto da fronteira com a Síria, segundo informaram fontes libanesas.

Antes de a ordem entrar em vigor às 2h (21h de sábado em Brasília), a aviação israelense atacou 60 alvos da milícia xiita, entre eles plataformas para o lançamento de foguetes e mísseis contra Israel e instalações da organização.

De acordo com a imprensa local, a ordem de suspensão dos ataques aéreos foi dada pelo primeiro-ministro, Ehud Olmert, seguindo o conselho do vice-primeiro-ministro Shimon Peres, e após a reunião com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, por causa da tragédia na aldeia libanesa de Qana, onde morreram 57 civis, a maioria crianças, no ataque de um caça-bombardeiro.

Oficiais da Força Aérea, que investigam o fato, não descobriram ainda porque o edifício bombardeado em Qana desmoronou sete horas depois do ataque, disseram fontes militares.

- Não sabíamos da existência de civis nesse edifício - disse no sábado o coronel Amir Eshel, do comando da Força Aérea israelense.

Por sua parte, o chefe de operações das Forças Aéreas, general Gadi Aizenkot, informou que os milicianos fundamentalistas do Hisbolá usaram a cidade de Qana como base de lançamento para 150 dos mais de 1.700 foguetes usados para atacar o norte de Israel.

No começo do 20º dia de hostilidades, fontes do norte de Israel informaram que não aconteceram ataques desde a noite de sábado contra localidades da Galiléia e do centro do Estado judeu.

Depois do ocorrido em Qana, os guerrilheiros do Hisbolá lançaram 150 de seus foguetes contra o norte israelense, sendo que alguns deles deixaram feridos e diversas perdas materiais.

Fontes das Forças Aéreas não descartavam a possível detonação de explosivos armazenados no edifício de Qana, algo que, segundo militares de operações em aldeias do sul do Líbano, é comum em casas das aldeias xiitas próximas da fronteira.

Enquanto isso, forças dos corpos de infantaria Golani, o de Engenheiros e do Nachal, formado basicamente por soldados agricultores, prosseguiam hoje com suas operações para atravessar búnqueres e trincheiras, e esvaziar depósitos de armas e munição do Hisbolá, cujos milicianos feriram pelo menos sete soldados israelenses no domingo.

A aviação israelense, por meio de panfletos, segue aconselhando os civis libaneses que residem em aldeias próximas da fronteira com Israel que abandonem seus lares, pois podem acabar envolvidos nas operações militares.

Segundo a ordem oficial, Israel suspende os bombardeios aéreos por 48 horas, mas se reserva ao direito de atacar os guerrilheiros se eles forem vistos em operações para lançar seus mísseis.

Responsáveis militares no Sul do Líbano informaram que na próxima quinta-feira a missão para desmantelar a primeira linha de fortificações do Hezbollah nas proximidades da fronteira pode estar completa.

Caso isso aconteça, será possível a criação de uma "faixa de segurança" de dois quilômetros ao longo da fronteira.

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