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Netanya – O vice-primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, anunciou ontem que o país vai levar a julgamento os dirigentes palestinos capturados na ofensiva desencadeada pelo seqüestro do soldado Gilad Shalit, de 19 anos, ocorrido há uma semana. "Serão acusados de participar e apoiar atos terroristas contra o governo civil", disse Peres.

Na quinta-feira passada, forças de segurança de Israel prenderam mais de 30 membros do governo liderado pelo grupo terrorista e partido político Hamas, em uma medida que o grupo qualificou como uma "tentativa de derrubar" a atual liderança palestina. Entre os membros do Hamas detidos por Israel, estão cerca de dez ministros e mais de 20 deputados, além dos prefeitos das cidades de Jenin e Qalqilya.

O ministro do Interior de Israel, Ronie Bar On, negou então que as lideranças do Hamas seriam usadas como moeda de troca para resgatar o soldado. "Eles foram detidos sob suspeita de participação em atividades terroristas contra Israel", disse.

As forças de segurança israelense também detiveram naquele dia mais de 20 ativistas do grupo extremista Jihad Islâmico e de outras facções na Cisjordânia.

Bombardeios

O exército israelense bombardeou na madrugadade domingo o escritório do primeiro-ministro Isamail Haniyeh, em Gaza, mas o chefe de governo, que pertence ao Hamas, não se encontrava no local no momento do ataque.

Segundo fontes do serviços de segurança, pelo menos um míssil foi disparado por um avião israelense contra o edifício, que começou a pegar fogo. O incêndio foi rapidamente controlado pelos bombeiros.

Minutos depois, a sede do governo do Hamas recentemente criada em Yabalia, ao norte de Gaza, foi alvo de outro ataque similar. Pelo menos um membro do Hamas morreu e outro ficou ferido, segundo fontes médicas.

"Houve um ataque aéreo contra o escritório de Ismail Haniyeh. As forças militares israelenses consideram a Autoridade Nacional Palestina e o governo do Hamas responsáveis pelo seqüestro do nosso soldado", declarou um porta-voz do Exército. O Exército ainda assumiu a responsabilidade por outros dois ataques a alvos do Hamas no norte da Faixa de Gaza, nos quais pelo menos uma pessoa morreu e outra ficou ferida.

Força total

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, mandou ontem que o Exército atue com força máxima para encontrar Shalit. "Dei uma ordem para que o Exército e as forças de segurança atuem com toda a potência para perseguir os terroristas, seus mentores e os que lhes oferecem proteção", afirmou, no início de uma reunião de seu gabinete. "Faremos de tudo para libertar o soldado. Repito: ninguém estará a salvo."

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