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Bombardeio atribuído às forças israelenses na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Mais de cem pontos foram atingidos em territórios palestinos | Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Bombardeio atribuído às forças israelenses na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Mais de cem pontos foram atingidos em territórios palestinos| Foto: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Força

Governo dá permissão para Exército mobilizar milhares de reservistas

Agência Estado

O governo de Israel deu ao Exército permissão para mobilizar até 40 mil reservistas, na medida em que intensifica os preparos para uma ofensiva na Faixa de Gaza.

O Exército israelense disse que não há planos imediatos para convocar os reservistas, mas a ordem é uma medida de contingência para o caso de uma expansão da ofensiva.

Israel intensificou ontem os ataques contra a Faixa de Gaza, atingindo mais de uma centena de alvos palestinos em retaliação ao mais pesado ataque com foguetes proveniente do território costeiro em 20 meses.

O Exército de Israel disse que os aviões tinham como alvo bases operada pelo Hamas em bairros civis de Gaza. Os ataques aéreos também atingiram locais de lançamento de foguetes, informaram os militares.

Mais de 85 foguetes e morteiros foram lançados de Gaza na segunda-feira, disse Israel, enquanto o Hamas, pela primeira vez, assumiu a responsabilidade por alguns dessas ações.

Pelo menos 25 pessoas foram mortas em ataques ocorridos ontem na Faixa de Gaza, disseram autoridades palestinas, e Israel ameaça realizar uma ofensiva de fôlego contra militantes que bombardearam Tel Aviv.

INFOGRÁFICO: Confira os foguetes usados na Faixa de Gaza

Israelenses corriam para se abrigar ao som das sirenes na capital financeira israelense durante o ataque mais intenso de Gaza desde o início das hostilidades, três semanas atrás.

Os militares disseram que o sistema antimísseis, o Domo de Ferro, abateu um foguete que o grupo Jihad Islâmica assumiu ter disparado. A televisão mostrou ao vivo duas colunas de fumaça no céu azul sobre Tel Aviv quando o foguete foi interceptado.

Explosões ecoaram pela Faixa de Gaza, sacudindo edifícios e erguendo colunas de fumaça. Em áreas residenciais, o choro de crianças podia ser ouvido em meio ao uivo das sirenes das ambulâncias.

"Não iremos tolerar o disparo de mísseis contra nossas cidades e vilarejos, e pedi uma ampliação significativa da Força de Defesa de Israel contra os terroristas do Hamas e outros grupos terroristas na Faixa de Gaza", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado. Ele pediu que os israelenses se unam e "mostrem a resiliência, pois esta operação pode levar tempo".

Israel afirmou que uma invasão terrestre a Gaza é possível, mas não iminente, e exortou os cidadãos que vivem num raio de 40 quilômetros do enclave a ficar perto de abrigos antiaéreos.

Na cidade portuária israelense de Ashdod, motoristas saíram às pressas dos carros e correram rumo às entradas relativamente seguras de blocos de apartamentos quando as sirenes soaram, uma cena repetida em outras cidades de Israel próximas da Faixa de Gaza.

Mostrando ousadia, quatro atiradores palestinos de Gaza se infiltraram perto de Zikim, onde se localizam um kibutz (comunidade agrária israelense) e uma base do Exército, bem diante do enclave. Os militares israelenses disseram que seus soldados os mataram a tiros.

Copa

Por orientação da polícia, o kibutz Bror Hail no sul de Israel, com vários brasileiros e próximo à Faixa de Gaza, cancelou a festa de ontem – com telão, bebida e churrasco – para ver a seleção brasileira jogar contra a Alemanha (e perder por 7 a 1). Cinemas, restaurantes e shoppings também foram esvaziados.

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