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O dom divino da música

Modena - O Papa Bento XVI expressou seu pesar por causa da morte do tenor italiano Luciano Pavarotti, "que honrou o dom divino da música", em um telegrama que foi lido no início do funeral, na catedral de Modena.

O telegrama foi enviado pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, ao arcebispo de Modena, Benito Cocchi, que celebrou o funeral do tenor italiano.

Bento XVI expressou seu pesar pela morte "de um grande artista que, com seu extraordinário talento interpretativo, honrou o dom divino da música".

O Papa invocou também para os parentes "a esperança cristã para acalmar a dor pela grave perda".

Modena – Com a presença de várias pessoas tanto dentro quanto fora da catedral de Modena, a cerimônia religiosa do funeral do tenor italiano Luciano Pavarotti, começou com a Ave Maria da ópera Otelo de Verdi, interpretado pela soprano de origem búlgara e grande amiga do tenor Raina Kabaivanska. Pavarotti, que morreu na quinta-feira aos 71 anos por causa de um câncer no pâncreas, foi enterrado na capela da família, no cemitério Montale Rangone, perto de Modena.

Os girassóis

Minutos antes do início do ato fúnebre, os sinos da catedral tocaram em sinal de luto, enquanto milhares de cidadãos se amontoavam do lado de fora para acompanhar a cerimônia através de um telão.

Diante do altar estava o féretro fechado de madeira clara com o corpo do tenor e um grande ramo de girassóis. O funeral celebrado pelo arcebispo de Modena, Benito Cocchi, e concelebrado por 18 sacerdotes contou com a presença da viúva do tenor, Nicoletta Mantovani, a irmã de Pavarotti, Gabriella, e as três filhas do primeiro casamento do tenor.

Também estiveram presentes o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, acompanhado por sua mulher Flavia Franzoni, vários ministros italianos e o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, entre outros.

A cerimônia religiosa começou com o Ave Maria da ópera Otelo de Verdi, interpretado pela soprano Raina Kabaivanska, que se mostrou muito emocionada. As milhares de pessoas que acompanharam o funeral na praça do lado de fora aplaudiram quando a soprano começou a cantar, e assistiram em silêncio ao início da cerimônia, que também teve interpretação do cantor Andrea Bocceli e do flautista Andrea Griminelli, que foram acompanhados pelo Coral Rossini, no qual o tenor começou.

A câmara ardente instalada na catedral recebeu a visita de milhares de pessoas. Na cidade e nos arredores da Praça Maior, onde fica a catedral de estilo românico, grandes cartazes anunciavam o luto.

Nos edifícios públicos, as bandeiras receberam faixas negras. "Adeus, maestro. A cidade de Modena participa comovida da dor dos parentes pelo desaparecimento de Luciano Pavarotti, grande cidadão e artista extraordinário", dizia um dos cartazes, assinado pelo prefeito Giorgio Pighi. Dois telões foram instalados na Praça Maior e na de Santo Agostinho e transmitiram a cerimônia.

Bandeira no céu

Quando o caixão foi retirado da catedral, a gravação de Pavarotti de Nessun Dorma – a ária de Puccini que se tornou o hino da seleção italiana na Copa do Mundo de 1990 – ecoou pela praça.

Ao mesmo tempo, a patrulha aérea das Forças Armadas Italianas, conhecida como "flechas tricolores" devido à fumaça com as cores da bandeira nacional que soltam (verde, vermelha e branca), sobrevoou a catedral prestando homenagem a Pavarotti.

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