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Itália diz ter resgatado 3,6 mil pessoas à deriva em dois dias

Cerca de 3,6 mil imigrantes foram resgatados viajando em embarcações superlotadas da África para a Europa nas últimas 48 horas, informou ontem o governo da Itália, no momento em que as condições marítimas são favoráveis para tentar a travessia pelo mar Mediterrâneo.

Enquanto mais de 600 imigrantes eram levados ao porto de Catânia, na Sicília, no sul do país, agentes resgatavam um grupo de 2,5 mil pessoas em barcos frágeis ao longo da costa da Líbia, informou ontem a guarda costeira italiana.

A maioria dos imigrantes que chegou nos últimos dias a Catânia tinha sido resgatada do mar pelo navio de guerra britânico HMS Bulwark e era somali e nigeriana, disseram autoridades portuárias italianas.

Com a Líbia envolvida em conflitos internos depois da morte do presidente Muamar Kadafi, em outubro de 2011, traficantes de pessoas estão cada vez mais livres para despachar imigrantes em barcos precários rumo aos países da Europa, o que aumentou o drama dos refugiados. Só neste ano, a previsão é de que a Itália receba aproximadamente 200 mil imigrantes, um aumento de 30 mil em comparação ao ano passado, segundo projeção do Ministério do Interior.

Sandra Dike, uma nigeriana de 20 anos que está grávida, disse que deixou seu país de origem por causa do perigo de ataques do grupo armado islâmico Boko Haram. “Não é seguro ir a um local público, como uma igreja ou mercado. Eles (Boko Haram) podem bombardear a qualquer momento”, disse ela. “A guerra na Líbia é pior. É por isso que decidi vir para a Itália”.

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