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Parentes de vítimas do terremoto que deixou mais de 280 mortos na Itália choram durante enterro coletivo: tristeza e revolta | Giampiero Sposito/Reuters
Parentes de vítimas do terremoto que deixou mais de 280 mortos na Itália choram durante enterro coletivo: tristeza e revolta| Foto: Giampiero Sposito/Reuters

Jogadores retornam ao Brasil

Um grupo de aproximadamente 50 brasileiros que jogam futebol de salão na região de Abruzzo, na Itália – abalada por constantes tremores de terra que atingem a região desde domingo – prepara as malas para retornar ao Brasil. Todos estão apavorados com os abalos, que têm provocado pânico e destruição nas cidades onde eles jogam futsal, como L’Aquila, Raiano, Avezzano e Pescara. Quatro desses brasileiros chegam hoje a São Paulo. Os demais já estão preparando as malas e devem retornar ao Brasil na semana que vem.

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L´Aquila - A Itália promoveu ontem um funeral de Estado para as vítimas de seu pior terremoto em três décadas, enquanto o número de mortos chegava a 289. Os sobreviventes expressavam revolta pelo fato de as casas terem simplesmente desabado.

Milhares de pessoas se reuniram diante de 205 féretros, muitos cobertos de flores e fotos dos mortos, dispostos em fileiras no pátio de desfiles de uma academia de polícia na cidade montanhesa de L’Aquila, a mais duramente atingida pelo terremoto de 6,3 graus da segunda-feira.

Pequenos caixões brancos com os corpos de crianças foram colocados sobre os caixões de seus pais, alguns com um de seus brinquedos favoritos sobre o caixão. A vítima mais jovem era um menino de cinco meses de idade que morreu com sua mãe.

"O clima é de muita tristeza, mas também de muita revolta", disse Piero Faro, que veio prestar condolências à amiga da família Paola Pugliesi, 65 anos, que morreu com seu filho Giuseppe, 45. "O prédio em que eles viviam simplesmente se desintegrou. Isso não deveria ter acontecido."

Em mensagem lida pelo cardeal Tarcisio Bertone, o Papa Bento XVI disse: "Eu me sinto espiritualmente presente entre vocês e compartilho sua dor."

Bandeiras foram hasteadas a meio-pau num dia de luto nacional, as lojas fecharam suas portas, os aeroportos suspenderam as decolagens para um minuto de silêncio, e os policiais do trânsito tiraram seus coletes coloridos.

Resgate

Cinco dias após o terremoto, os serviços de resgate continuam a vasculhar os escombros. Nas últimas horas foram encontrados os corpos de uma mulher de 53 anos e sua filha adolescente nos escombros de sua casa.

No início da noite de ontem, as equipes de resgate começaram a escavar nos escombros de um prédio de apartamentos em L’Aquila após os cães farejadores indicarem que alguma vida possa estar sob as ruínas, disse o porta-voz da Defesa Civil Luca Spoletini. Contudo, as autoridades alertaram contra conclusões precipitadas quanto a um possível sobrevivente.

Processo

Os engenheiros e geólogos disseram que prédios construídos dentro dos padrões de segurança contra terremotos não deveriam ter desabado, aumentando a possibilidade de que a legislação não tem sido seguida ou que materiais de má qualidade tenham sido usados.

O promotor de L’Aquila, Alfredo Rossini, disse que abriu uma investigação sobre a possível responsabilidade criminal para os colapsos dos prédios, segundo informou a agência de notícias italiana Ansa.

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