Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
impasse

Itamaraty envia missão diplomática a três países para discutir crise em Honduras

Suprema Corte de Honduras analisa ainda pedido do Ministério Público para que emita ordem de prisão da cúpula militar por “abuso de autoridade” na expulsão de Zelaya

O Itamaraty enviou missão diplomática a El Salvador, Guatemala e República Dominicana para discutir a crise em Honduras – que dura mais de seis meses. O objetivo é analisar a conjuntura política hondurenha a duas semanas da posse do presidente eleito, Porfírio "Pepe" Lobo, que assume o governo no próximo dia 27. O assunto deverá ser tema de uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O chefe da missão nos países vizinhos ao Brasil é o embaixador Gonçalo Moura, responsável pelo Departamento de América Central e Caribe do Ministério de Relações Exteriores.

Preliminarmente, observadores brasileiros avaliam que a situação política no país vizinho tende a se normalizar, mas consideram fundamental evitar que permaneça no país o clima de golpe de Estado, instaurado em 28 de junho de 2009 com a deposição de Manuel Zelaya. Uma das propostas em curso é a definição de uma posição comum de alguns países latino-americanos a ser encaminhada para a reunião da OEA.

Ao mesmo tempo, o Congresso Nacional de Honduras tenta acelerar a discussão e votação da proposta de anistia aos envolvidos no golpe de junho. O debate que ocorreria nesta segunda-feira (11) deverá ser realizado apenas na terça-feira (12) para evitar críticas e posições contrárias de organizações não governamentais. Hoje integrantes da comissão especial que analisa o assunto têm reuniões com representantes das entidades civis.

A previsão das autoridades hondurenhas é que a proposta ponha um ponto final na crise política e evite a contaminação ao governo de "Pepe" Lobo. Os termos da proposta têm o objetivo de atender aos pleitos de todos os lados. Para Zelaya, seria concedida a anistia pelas acusações de tentar mudar a Constituição para dar continuidade a seu mandato.

Os que promoveram o golpe e demais devem ser perdoados dos crimes de traição à pátria, terrorismo, rebeliões, manifestações, reuniões violentas e abuso de autoridade. Nos últimos dias, as articulações em favor da aprovação da proposta se intensificaram por correligionários de "Pepe" Lobo e com o apoio do governo dos Estados Unidos.

Há quase quatro meses, Zelaya e um grupo de simpatizantes estão alojados na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa (capital de Honduras). Segundo autoridades hondurenhas, o presidente deposto poderá deixar o local sem riscos para ele e seus correligionários, assim que a proposta de anistia for aprovada.

A Suprema Corte de Honduras analisa ainda pedido do Ministério Público para que emita ordem de prisão da cúpula militar por "abuso de autoridade" na expulsão de Zelaya durante o golpe. A decisão deve ocorrer às vésperas da cerimônia de posse do presidente eleito, marcada para o dia 27.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.