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São Paulo – Há dois anos, o eletricista mineiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi assassinado pela polícia britânica com sete tiros na cabeça, em uma estação de metrô de Londres, após ser confundido com um terrorista que estava sendo vigiado.

À sua morte se seguiram falsas acusações da polícia – de que seria imigrante ilegal e estuprador – e impunidade para todos os envolvidos no caso.

É sobre a falta de punição e a farsa da polícia britânica que o escritor carioca Ivan Sant’Anna se debruçou para escrever "Em Nome de Sua Majestade – A Morte de Jean Charles de Menezes no Metrô de Londres" (Objetiva, 174 págs., R$ 28).

"Jean Charles foi vítima de incompetência e vilania. A polícia o seguiu e teve 33 minutos para identificar uma pessoa que era completamente diferente da que eles estavam procurando, mas não o fizeram", afirma o autor.

O brasileiro foi morto duas semanas depois dos atentados terroristas de 7 de julho de 2005 e um dia depois de ataques frustrados na capital.

Baseando-se no histórico da Justiça britânica – que nunca condenou um policial por assassinato enquanto em serviço –, Sant’Anna afirma que é improvável que haja alguma punição dos envolvidos. Entre as fontes usadas no livro, está a responsável por revelar a farsa montada pela polícia, Lana Vandenberghe, ex-secretária da Comissão Independente de Queixas à Polícia.

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