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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe (no centro), participa de uma reunião da força-tarefa sobre a Covid-19| Foto: JIJI PRESS/AFP

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou estado de emergência nacional nesta quinta-feira (16), adotando novas medidas de restrição em função da pandemia do coronavírus, depois de evitá-las até recentemente.

Até então, o estado de emergência estava em vigor apenas em Tóquio e outras regiões econômicas importantes do país, desde 8 de abril. A medida adotada agora permitirá que os governos regionais orientem às pessoas a permanecer dentro de casa, mas sem medidas punitivas ou força legal.

Durante coletiva de imprensa, Abe disse que pretende apresentar um projeto de lei para a distribuição de uma soma equivalente a quase US$ 1.000 para cada habitante no Japão, como forma de compensar o impacto das novas restrições, desistindo de um plano anterior que previa repasses para somente algumas famílias em dificuldades.

Durante a maior parte de março, lojas, restaurantes e escritórios no Japão ficaram abertos de modo geral, e um fim de semana estendido, entre os dias 20 e 22 do mês passado, quando muitos saíram às ruas para observar a florada das cerejeiras, parece ter contribuído para um aumento no número de infecções pela Covid-19.

O número de casos no Japão tem dobrado a cada oito dias e, nesta quinta-feira, ultrapassou 9.000, embora a contagem possa ter sido influenciada pela aceleração de testes realizados. Na quarta-feira, o total de mortos no país teve acréscimo de 17, o maior em um único dia, elevando os óbitos acumulados a 136.

"Precisamos fazer o que for necessário para reduzir contatos entre pessoas em pelo menos 70% e, preferencialmente, 80%", disse Abe, apelando à população que cancele planos de viagem.

O estado de emergência vai vigorar até pelo menos 6 de maio, incluindo o período de feriados da chamada "semana dourada", quando muitas pessoas costumam viajar de trem ou avião pelo país.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão poderá se contrair a um ritmo anualizado de 22% no trimestre atual, segundo cálculo de economistas do UBS.

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