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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, condenou nesta terça-feira (12) energicamente o "lamentável" teste nuclear da Coreia do Norte que representaria "um desafio grave" e anunciou que estuda aprovar sanções adicionais às da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Esta ação provocativa é um desafio grave à autoridade do Conselho de Segurança da ONU", afirmou Abe, que adiantou que pedirá ao organismo internacional "ações concretas" após um teste que considerou uma grande ameaça para o Japão que não pode "ser tolerada".

"A Coreia do Norte está fortalecendo a capacidade de seus mísseis, que poderiam se transformar em armas de destruição em massa. Para o Japão é uma ameaça grave à segurança de nosso país", detalhou Abe em comunicado.

O Japão também confirmou que analisa aprovar sanções adicionais às que a ONU implementar contra o regime de Kim Jong-un, enquanto aumentará as análises para detectar radiação após o teste nuclear norte-coreano, o terceiro após as realizadas em 2006 e 2009.

Entre estas medidas, Tóquio se propõe proibir a entrada no Japão dos simpatizantes do regime norte-coreano que viajarem ao país comunista.

Por sua vez, o ministro porta-voz japonês, Yoshihide Suga, anunciou que os líderes dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e do Japão devem entrar em contato para analisar o resultado da prova, enquanto Abe convocou o embaixador americano em Tóquio para uma reunião de emergência.

Além disso, segundo Suga, os EUA avisaram na segunda-feira (10) ao Japão da possibilidade de que a Coreia do Norte pudesse realizar de maneira iminente sua anunciada terceira teste nuclear, em uma comunicação antecipada que também teria recebido China.

Antes que Pyongyang confirmasse o teste nuclear, o Japão convocou uma reunião urgente liderada por Abe, na qual participaram especialistas em segurança nacional, após detectar um terremoto "artificial" de mais de 5 graus na escala Richter na base norte-coreana de Punggye-ri.

Segundo a Agência Meteorológica japonesa, o terremoto desta segunda provocou duas "ondas sísmicas", a primeira muito forte e outra mais leve, semelhantes às dos teste realizados em 2006 e 2009.

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