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Camp Asaka – O primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, encerrou oficialmente ontem a missão de dois anos e meio das tropas nipônicas no Iraque, uma operação histórica para o pacifista país do Sol Nascente. "Estou orgulhoso porque todos vocês voltaram sãos e salvos", disse Koizumi em uma cerimônia organizada na base militar de Asaka, perto de Tóquio.

"É formidável que tenham completado sua missão sem abrir fogo nem sofrer uma só baixa", acrescentou o premier diante dos 600 militares que participaram na missão de reconstrução de Samawa, sul do Iraque. "Os povos japonês e iraquiano recordarão durante muito tempo o que vocês fizeram", disse Koizumi, em um dos últimos discursos públicos antes de deixar de maneira voluntária o cargo de primeiro-ministro, em setembro.

Os últimos militares japoneses que atuavam no Iraque retornaram para o Japão na terça-feira passada. A missão nipônica no Iraque constituiu a primeira presença do país em um conflito bélico desde 1945. De acordo com a Constituição nipônica, um texto pacifista redigido depois da derrota do Japão na 2.ª Guerra Mundial, o país asiático não pode recorrer às armas em caso de defesa. Oficialmente o país não conta com um Exército, apenas forças de autodefesa.

Depois da retirada do Iraque, Tóquio se comprometeu a manter a ajuda financeira ao governo de Bagdá para colaborar na reconstrução do país. Além disso, o Japão manterá as operações aéreas de transporte de mantimentos e tropas aliadas ao Iraque.

A missão marca mais a proximidade política do Japão com os Estados Unidos do que propriamente o interesse japonês em apaziguar os iraquianos. Koizumi e o presidente norte-americano, George W. Bush, mantiveram encontros durante a operação no Iraque. Os EUA seguem com mais de mil soldados no país árabe, sem data para retirada, e contam com apoio principalmente da Grã-Bretanha e do atual governo iraquiano.

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