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Tóquio - O governo japonês e a Tokyo Electric Power Co. estão estudando injetar nitrogênio nas câmaras de contenção danificadas para evitar novas explosões de hidrogênio na usina nuclear de Fuku­­shima. O nitrogênio serviria para esfriar as câmaras. O governo ja­­ponês não deu mais detalhes so­­bre os planos.

Mais cedo, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse que é difícil determinar quando a crise nuclear terminará. "A estabilidade não foi alcançada, mas estamos preparados para qualquer situação possível e concebível em Fukushima", disse Kan.

O primeiro-ministro se mostrou convencido de que "se conseguirá estabilizar" a usina de Fu­­kushima Daiichi através da refrigeração de seus reatores e indicou que se está trabalhando com es­­pecialistas e engenheiros da To­­kyo Electric Power Co, operadora da central.

Kan assinalou que a prioridade é a "saúde e segurança das pessoas" e lamentou a situação dos moradores que viviam perto da unidade e se viram prejudicados em seu modo de vida por causa da crise criada.

O primeiro-ministro afirmou ainda que os japoneses não correm nenhum perigo de exposição a taxas perigosas de radioatividade caso sigam os conselhos das au­­toridades.

Dois dias depois de uma recomendação da Agência Interna­­cional de Energia Atômica (AIEA) para que o Japão amplie a zona de segurança de 20 km ao redor da central nuclear acidentada, Kan insistiu que o país decide "a área de segurança em função dos conselhos e propostas dos especialistas".

Água contaminada

A água subterrânea no entorno da usina tem indício de estar contaminada pela radiação, afirmaram ontem reguladores nu­­clea­­res japoneses. A Tepco afirmou que parte dos dados divulgados por ela pode estar incorreta. O anúncio da empresa gerou indignação entre os japoneses. A Tep­­co é acusada de não ter sido transparente desde que começou o acidente nuclear, após o terremoto e o tsunami de 11 de março.

A Agência de Segurança Nu­­clear e Industrial do Japão fez uma forte advertência à empresa e instou que passos urgentes sejam dados para que as informações se­­jam repassadas com segurança.

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