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O governo do Japão permitiu que 95 pessoas que foram retiradas de uma vila perto da usina nuclear Daiichi, em Fukushima, retornassem hoje rapidamente ao local. Com roupas especiais para evitar a radiação, os antigos moradores puderam retirar alguns pertences de suas casas.

Esta foi a primeira vez que o local foi liberado desde 21 de abril, quando o governo decretou uma zona de exclusão de 20 quilômetros no entorno da usina. O terremoto e o tsunami de 11 de março provocarem uma crise nuclear na área, afetando os sistemas de refrigeração dos reatores, o que gerou explosões e vazamento de radiação.

No total, mais de 85 mil pessoas foram enviadas a abrigos. Na área entre 21 e 30 quilômetros da usina, a ordem inicial foi para as pessoas evitarem sair de casa, mas posteriormente também houve ordens para que deixassem suas casas.

Hoje, 95 pessoas de Kawauchi-mura, uma vila a sudoeste da usina, receberam equipamentos para visitar suas casas por duas horas. Um morador, Masao Yanai, confessou em entrevista à emissora TV Asahi que estava nervoso com o retorno. "Autoridades dizem que o nível de contaminação radioativa não deve prejudicar a saúde humana. Mas, sim, a contaminação é um pouco preocupante."

Investigação

Também nesta terça-feira, o primeiro-ministro, Naoto Kan, disse que o governo prepara um comitê investigativo independente para avaliar o acidente nuclear. "Ele será independente, aberto e abrangente em sua natureza", explicou Kan. O comitê deve enfocar apenas o acidente nesta usina.

Kan disse também que o governo compartilha a responsabilidade pelo fracasso em prevenir o acidente, junto com a operadora da usina, a companhia Tokyo Electric Power (Tepco). Para assumir a responsabilidade, Kan disse que irá devolver seu salário como primeiro-ministro até a crise ser controlada. Mas ele disse que manterá seu salário como parlamentar.

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