• Carregando...
O presidente da Tepco, estatal de energia do Japão, Matasataka Shimizu (grisalho, no centro), pede perdão a um desabrigado pelo problema na usina de Fukushima | AFP
O presidente da Tepco, estatal de energia do Japão, Matasataka Shimizu (grisalho, no centro), pede perdão a um desabrigado pelo problema na usina de Fukushima| Foto: AFP

Recuperação

Áreas destruídas terão US$ 50 bi

São Paulo - O governo do premier japonês, Naoto Kan, anunciou orçamento de emergência de cerca de US$ 50 bilhões destinados à recuperação das áreas destruídas no nordeste do país devido ao desastre natural do dia 11 de março.

Esse valor se refere somente à primeira fase do projeto elaborado para a reconstrução das áreas afetadas. A verba anunciada ontem ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento. A votação deve ocorrer no final do mês.

"É o primeiro passo para o novo começo do Japão’’, disse o ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, em conversa com a imprensa.

Objetivo

Esse dinheiro será utilizado na construção de 100 mil casas temporárias, limpeza dos escombros, restauração da infraestrutura, com reconstrução de estradas e portos, e concessão de empréstimos. A estimativa atual do governo é que a destruição causou um prejuízo de US$ 309 bilhões, fazendo desta a tragédia natural mais cara do mundo.

Folhapress

Tóquio - O governo do Japão vai rever sua política energética após o desastre que atingiu a central nuclear de Fukushima, no mês passado, mas não desistirá da energia nuclear, afirmou ontem Katsuya Okada, secretário-geral do Partido Demo­crático do Japão (PDJ), o partido governista. Ele disse que o governo terá de inspecionar todas as instalações nu­­cleares antes de rever sua política para o setor energético, mas destacou que o país não poderá ficar sem energia nuclear. "Não podemos abrir mão da energia nuclear, mas temos de pensar na forma como as usinas nucleares são construídas e na velocidade de sua construção", disse Okada, o número dois do PDJ após o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan.

Segundo Okada, "os ânimos estão exaltados" e, por isso, o governo japonês só discutirá o futuro da energia no país quando a situação de Fukushima se estabilizar. Pobre em recursos naturais, o país depende de energia nuclear para suprir cerca de um terço de suas ne­­­ces­­­­­sidades.

Robôs

Ontem, sondas robóticas norte-americanas entraram nos edifícios dos reatores nucleares de Fuku­shima, a fim de medir a radioatividade do local. Os robôs entraram primeiro nos edifícios dos reatores 1 e 3 – locais em que nada passou desde o terremoto e tsunami.

De acordo com a medição dos robôs, a radioatividade do reator 1 oscilou entre 10 e 49 milisieverts por uma hora. Já no 3, entre 28 e 57. O reator 2 não pôde ser medido por causa da umidade, que estava em 90%. A empresa fornecedora do androide é a iRobot, fundada há 21 anos por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Trata-se da companhia que faz robôs militares para as tropas dos Estados Unidos no Afeganistão e Iraque. Os androides da companhia também inspecionaram o vazamento da BP no Golfo do México, além de terem atuado entre os escombros das torres gêmeas do World Trade Center.

"A tecnologia dos Estados Unidos demonstra os diferentes enfoques que cada país dá aos robôs. O Japão é líder mundial no setor, mas boa parte do desenvolvimento tem sido dedicado a robôs humanóides, destinados ao lazer. Nos EUA, as empresas seguem as diretrizes do Depar­tamento de Defesa, que exige robôs úteis, sem fogos de artifício", afirma o jornal espanhol El País, em matéria sobre o uso dos robôs em Fukushima. A iRobot enviou modelos de máquinas ao Japão uma semana após o terremoto. São dois tipos: o Packbot 510 (para explorar terreno) e o Warrior 710 (capazes de levantar cargas pesadas).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]