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Temendo a possibilidade de um ataque da Al-Qaeda na Ásia, o Japão está reforçando a segurança para a campanha eleitoral que começa na terça-feira. As autoridades temem que se repita um atentado semelhante ao dos trens de Madri, em março de 2004, três dias antes das eleições gerais que representaram uma surpreendente derrota para o governo pró-americano de então. A Espanha apoiava na época, como o Japão atual, os EUA na guerra do Iraque.

A imprensa japonesa também destaca o fato de as eleições estarem marcadas para 11 de setembro, o quarto aniversário dos ataques a Nova York e Washington. As autoridades minimizaram a importância da data.

- Não há dúvida agora de que o momento é maduro para um ataque ao Japão - disse Jun Yamazaki, presidente da unidade japonesa da consultoria Control Risks Group. - A situação aqui é muito similar à situação da Espanha. E o terrorismo foi bem-sucedido, a Espanha abandonou o Iraque - acrescentou.

O Partido Democrático, da oposição, diz em seu programa eleitoral que pretende retirar os 550 soldados japoneses do Iraque até dezembro, quando o mandato militar expira. Mas o Iraque não é um tema de destaque nesta eleição.

Alguns analistas dizem, porém, que um eventual ataque favoreceria o primeiro-ministro, Junichiro Koizumi, pois o eleitorado optaria pela continuidade.

Na semana passada, o juiz francês Jean-Luis Bruguiere, especializado no combate ao terrorismo, disse ao jornal "Financial Times" que há sinais de que a Al-Qaeda esteja preparando um ataque a algum centro financeiro do Oriente, como Tóquio, Sydney ou Cingapura.

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