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Shigemi Yoshida  mostra foto de seu casamento. A esposa morreu na tragédia | Toru Hanai/Reuters
Shigemi Yoshida mostra foto de seu casamento. A esposa morreu na tragédia| Foto: Toru Hanai/Reuters

Quase 600 pessoas da Polícia, do Corpo de Bombeiros e de cooperativas de pescadores de Fukushima iniciaram nesta semana uma ope­­ração especial para buscar os restos mortais de mais de 200 pessoas que, um ano depois do devastador tsunami, ainda continuam de­­saparecidas.

O contingente percorrerá tanto zonas litorâneas como pontos dentro da área de evacuação em torno da acidentada central de Fukushima Daiichi. Serão usados neste trabalho navios e câmeras subaquáticas, informou a agência de notícias Kyodo.

Segundo os últimos dados atualizados pela Polícia, a tragédia deixou 15.854 mortos e 3.271 de­­saparecidos nas províncias de Mi­­yagi, Fukushima e Iwate, as três mais afetadas e onde ainda há mais de 300 mil deslocados.

Amanhã se completa o primei­­ro aniversário da tragédia, que provocou na central da Fuku­­shi­­ma a pior crise nuclear dos últimos 25 anos.

O governo japonês revelou ontem que anteviu a possibilidade de derretimento nos reatores da usina desde as primeiras horas após o tsunami atingir o local.

"Os sistemas de refrigeração ainda em atividade são os mantidos por baterias. Elas vão durar oito horas", diz o sumário da primeira reunião emergencial do gabinete japonês, quatro horas depois do terremoto, citando um participante não-identificado.

"Se as temperaturas do núcleo dos reatores continuarem subindo por mais de oito horas, há a possibilidade de que um derretimento ocorra", relata.

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