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Vista aérea da usina nuclear de Daiichi, em Fukushima, no Japão | REUTERS/Kyodo
Vista aérea da usina nuclear de Daiichi, em Fukushima, no Japão| Foto: REUTERS/Kyodo

Interatividade

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Informações

Na página do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio há telefones de contatos disponibilizados para os brasileiros buscarem informações sobre parentes no Japão.

Uma ferramenta do Google ajuda na troca de informações sobre familiares que não conseguem comunicação com pessoas que estão no Japão. No Person Finder, qualquer pessoa pode dar e pedir informações sobre o estado de saúde e localidade de uma possível vítima da tragédia. O site, em inglês e japonês, é colaborativo e possui uma base de dados que procura nomes dos moradores.

Governo tem linha para informação de parentes no Japão

O Núcleo de Atendimento a Brasileiros (NAB), que está em contato com a rede consular no Japão, colocou linhas de atendimento à disposição do público: (61) 3411-6752/6753/8804, das 8h às 20h, e (61) 3411-6456, das 20h às 8h e nos finais de semana. Consultas poderão também ser dirigidas ao endereço eletrônico dac@itamaraty.gov.br.

Saiba mais

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O governo do Japão desistiu de usar canhões de água para resfriar os reatores da usina nuclear de Fukushima. O motivo são os altos níveis de radiação, segundo informações da rede de televisão NHK. A operação seria realizada nesta quinta-feira (17), depois de o governo usar helicópteros para jogar água nos reatores.

As operações tinham como objetivo estabilizar a situação da usina, onde, desde o terremoto de sexta-feira, incêndios e explosões provocaram vazamento de radiação que elevaram os níveis de alerta da área do entorno para acima do normal.

O governo japonês determinou uma área de evacuação em um raio de 20 quilômetros da usina e pediu que as pessoas que vivem a entre 20 quilômetros e 30 quilômetros de distância permaneçam em locais fechados.

Preocupação internacional

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), Yukiya Amano, anunciou que irá embarcar nesta quinta-feira para o Japão a fim de buscar informações de primeira mão sobre a "seriíssima" situação da usina nuclear de Fukushima.

A medida indica a crescente preocupação da AIEA, encarregada de promover a utilização segura da energia nuclear, sobre a falta de informações rápidas e detalhadas do Japão a respeito da crise em curso.

"É diferente receber dados por e-mail de Tóquio ou sentar com eles e trocar pontos de vista", afirmou Amano, que é japonês, em entrevista coletiva.

"Nós sempre precisamos melhorar o fluxo de informação", afirmou, acrescentando que espera reunir altos funcionários japoneses, mas que não está decidido se ele irá à usina, danificada durante o terremoto de sexta-feira no país.

Apesar da sua crescente preocupação, Amano disse que não é o momento de dizer se a situação está fora do controle, conforme sugeriu um alto funcionário europeu em declarações que derrubaram as bolsas.

"Não é o momento de dizer que as coisas estão fora de controle", afirmou Amano. "Os operadores estão fazendo o máximo para restabelecer a segurança do reator."

O veterano diplomata falou num dia em que os técnicos japoneses chegaram a deixar a usina devido aos níveis elevados de radiação, e um helicóptero foi impedido de se aproximar para jogar água num dos reatores avariados.

Incêndio

Mais cedo na quarta-feira (16), outro incêndio havia atingido a usina, que nas últimas 24 horas tem mandado níveis baixos de radiação na direção de Tóquio, causando medo na capital e alerta na comunidade internacional.

Danos aos núcleos das unidades 1, 2 e 3 no reator nuclear de Fukushima Daiichi foram confirmados, mas desde terça-feira (15) não há mudanças significativas na situação, segundo ele.

Em outro sinal potencialmente ameaçador, ele sugeriu que a água estava a um nível que deixou exposto até dois metros dos núcleos que sustentam as barras de combustível atômico, mas a pressão no interior sugere que os vasos do reator estão intactos.

A empresa Tokyo Electric Power, operadora da usina, disse que o reator número 3 -- o de Fukushima que usa plutônio como combustível -- é a sua "prioridade."

O plutônio, quando absorvido pelo organismo humano, pode passar anos na medula óssea e no fígado, e causar câncer.

Mas o adjunto de Amano para questões de segurança, Denis Flory, disse que a AIEA não teve acesso a nenhuma medição sobre vazamentos de plutônio. "O plutônio não é uma preocupação a esta altura", disse ele.

Críticas

A imprensa japonesa tem feito críticas à ação do governo diante da crise, e à operadora pela falta de transparência nas informações.

A AIEA, que tem mandato para compartilhar informações com os Estados membros quando há uma emergência nuclear, também enfrentou críticas na mídia e em comentários postados em sua página do Facebook por causa do fornecimento escasso e desatualizado de informações.

A agência diz que só pode fornecer as informações que recebe e verifica.

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