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Kimiko Koyama, de 69 anos, com o marido Toshio, 72, ao voltarem para casa em Miyakoji, na região de Tamura | Issei Kato/Reuters
Kimiko Koyama, de 69 anos, com o marido Toshio, 72, ao voltarem para casa em Miyakoji, na região de Tamura| Foto: Issei Kato/Reuters

Pela 1.ª vez

A japonesa Chie Shimpo, de 48 anos, se tornou ontem a primeira mulher a liderar um banco na história recente do Japão ao ser nomeada presidente do Nomura Truste and Banking. "Ser homem ou mulher não é o que importa. Vou me limitar a cumprir as obrigações que tenho", declarou Shimpo à agência Kyodo após assumir o cargo em um dos grupos de serviços financeiros mais importantes do país. Chie é uma exceção no Japão. Os outros três principais bancos do país não têm mulheres em altos postos executivos.

Cerca de 350 moradores voltaram ontem ao distrito de Miyakoji, em Tamura, no Japão. A área é a primeira a ser liberada no raio de 20 km da usina nuclear de Fukushima, afetada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em 2011.

Nos últimos três anos, a área foi descontaminada pelo governo, que foi obrigado a montar alojamentos temporários em outras partes da prefeitura de Fukushima para abrigar as 160 mil pessoas que precisaram deixar suas casas após o acidente nuclear.

Os primeiros moradores chegaram à região com o sentimento de voltar para casa, mas ainda com medo dos efeitos da radiação.

Apesar da descontaminação, a maioria das famílias que voltou para a região é de idosos. As escolas devem ser reabertas na semana que vem e a única creche do distrito recebeu ontem apenas 11 crianças.

Ainda ontem, funcionários da usina nuclear começaram a remover parte do gelo e da neve que estavam nos parques da região. Ainda não foi decidido o tempo que as crianças poderão permanecer fora de casa. Nos primeiros meses após o acidente em Fukushima, eles só podiam brincar ao ar livre por meia hora.

A limpeza da cidade faz parte do plano de descontaminação da região ao redor da usina nuclear, na qual o governo japonês deve gastar até US$ 30 bilhões (R$ 67,8 bilhões). No entanto, o padrão de radioatividade a longo prazo, de 1 milisiervert por ano, não deve ser atingido.

Na região de Miyakoji, os índices estão entre 0,11 e 0,48 microsierverts por hora, número abaixo dos 100 mil microsierverts que a Organização Mundial da Saúde diz ser o limite – se ultrapassado, os riscos de câncer na população aumentam.

A cidade também enfrentará a crise econômica, provocada pelo fim dos empregos dados pela operadora da usina nuclear e pelas atividades agrícolas.

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