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Foto de arquivo do perfumista francês Jean-Paul Guerlain | AFP PHOTO OLIVIER LABAN-MATTEI
Foto de arquivo do perfumista francês Jean-Paul Guerlain| Foto: AFP PHOTO OLIVIER LABAN-MATTEI

O tribunal correcional de Paris condenou nesta quinta-feira Jean-Paul Guerlain, herdeiro da famosa casa de perfumes Guerlain, a uma multa de 6 mil euros por injúria racista, por causa das declarações feitas em 2010 sobre os negros que provocaram indignação e um pedido de boicote da marca.

Guerlain foi julgado por declarações feitas em 15 de outubro de 2010 ao canal France 2. Naquele dia, evocando a criação do perfume Samsara, o ex-perfumista de Guerlain afirmou: "Pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim...".

O tribunal absolveu Guerlain a propósito da primeira frase, mas o condenou pela segunda.

Além da multa, deverá pagar 2.000 euros por perdas e danos a cada uma das associações contra o racismo que apresentaram a queixa: Mrap, Licra e SOS Racisme.

O advogado do perfumista, Basile Ader, não sabe dizer se seu cliente, ausente na sessão, apelará ou não da condenação.

As reações de protesto aos comentários do criador foram imediatas e Guerlain chegou a pedir desculpas, afirmando que suas palavras não refletiam seu pensamento.

Suas desculpas, no entanto, não bastaram para acalmar a polêmica, nem para evitar que várias organizações de luta contra o racismo apresentassem uma queixa judicial.

Com 75 anos de idade e aposentado desde 2002, Guerlain trabalhou 47 anos na empresa da família e continuou sendo conselheiro da empresa depois de se aposentar. Mas a empresa interrompeu esta colaboração dias depois de suas declarações sobre os negros.

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