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Voluntários do exército iraquiano – para lutar contra militantes sunitas – carregam armas durante uma parada em Bagdá | Thaier Al-Sudani/Reuters
Voluntários do exército iraquiano – para lutar contra militantes sunitas – carregam armas durante uma parada em Bagdá| Foto: Thaier Al-Sudani/Reuters

Cronologia

Ofensiva de insurgentes sunitas que ameaçam separar o território iraquiano teve uma trégua no fim de semana após vários dias de enfrentamentos contra o governo.

10 de junho – Rebeldes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) capturam a cidade de Mossul, no norte do país.

11 de junho – EIIL cerca a maior refinaria iraquiana de petróleo, em Baiji. Tikrit, cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein, também é tomada pelos insurgentes.

12 de junho – No meio dos conflitos entre o EIIL e o governo do país, curdos capturam a cidade de Kirkuk.

13 de junho – A região de Saadiyah é capturada pelo EIIL, enquanto Jalawla é dominada por curdos.

14 e 15 de junho – Ao menos sete membros da equipe de segurança dos curdos são mortos em um contra-ataque em Jalawla. O Exército do país retoma o controle da cidade de Ishaqi. Com o apoio de tropas xiitas, os militares reconquistam Muqdaiya. Membros do EIIL ficam desalojados após disputar territórios com tribos de Dhuluiya.

Revide

Forças de segurança mataram 279 terroristas no intervalo de um dia

O Exército iraquiano anunciou no fim de semana que matou 279 terroristas num intervalo de 24 horas em ataques nas províncias de Saladino e Ninawa, ao norte de Bagdá, e Diyala, ao leste. Em entrevista coletiva em Bagdá, o porta-voz das Forças Armadas, Qasem Ataa, advertiu que suas tropas continuarão realizando ataques com respaldo aéreo contra os insurgentes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL). Nessas províncias, as Forças Armadas incendiaram 14 veículos carregados com armas e com rebeldes. A aviação destruiu também o suposto esconderijo onde estava a chefia do EIIL, na base Al Qayada, segundo o porta-voz.

O grupo pertencente ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) que tomou o controle de duas cidades no Iraque na última semana publicou na internet imagens que mostram seus combatentes realizando um massacre contra soldados iraquianos capturados.O grupo também postou no Twitter uma mensagem em que afirma ter matado 1,7 mil soldados no tal massacre fotografado.

Se a afirmação for verdadeira, pode ser uma das piores atrocidades realizadas em massa no Oriente Médio nos últimos anos, superando até os ataques de armas químicas nos subúrbios sírios de Damasco, no ano passado, que mataram 1,4 mil pessoas e foram atribuídas ao governo sírio.

Internet

As fotos estão num site militante e mostram combatentes mascarados supostamente pertencentes ao EIIL apontando armas para homens rendidos e os obrigando a deitar numa vala rasa com o braços amarrados atrás das costas. Outras imagens mostram os corpos dos prisioneiros após terem sido baleados. Não foi possível confirmar de maneira independente a autenticidade das fotos e as informações.

As imagens podem aguçar ainda mais o conflito no Iraque que enfrenta nos últimos dias um confronto com jihadistas do EIIL que lançaram uma varredura de repressão no país, com o apoio de membros das forças do regime de Saddam Hussein, morto pelos EUA em 2006.

O exército israelense reforçou ontem a defesa em torno de Bagdá, após a aproximação dos insurgentes. Autoridades do governo disseram que o EIIL tentou capturar a cidade de Tal Afar, no norte do Iraque, o que resultou em baixas entre os militares e muitos feridos.

Autenticidade das imagens é confirmada

As legendas das fotos publicadas pelos jihadistas dizem que os assassinatos ocorreram para vingar a morte de um comandante do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), Abdul-Rahman al-Beilawy, cuja morte foi reportada tanto pelo governo quanto pelos insurgentes.

O porta-voz militar do Iraque, Qassim al-Moussawi, confirmou a autenticidade das fotos e disse que estava ciente dos casos de assassinato em massa de soldados iraquianos capturados em áreas tomadas pelo EIIL.

A maioria dos soldados que aparecem nas fotos estão em roupas civis. Alguns são mostrados vestindo uniformes militares por baixo, indicando que eles podem ter apressadamente se disfarçado de civis para tentar escapar.

Invasão

Muitos soldados e policiais deixaram seus uniformes e equipamentos para trás quando os militantes invadiram Mossul, Tikrit e áreas vizinhas.

As legendas não fornecem uma data ou local para o massacre, mas al-Moussawi diz que as mortes ocorreram na província de Salahuddin, cuja capital é Tikrit.

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