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Os manifestantes contrários ao governo da Jordânia que, na semana passada, protagonizaram um protesto que se tornou violento tinham "planos de derrubar a monarquia", acusou o ministro de Interior da Jordânia, Mazen Saket, citado pelo deputado Jamil Nimri. A acusação, segundo Nimri, foi feita durante uma sessão a portas fechadas da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento da Jordânia.

Inspirados pelas revoltas populares que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito, os jordanianos têm saído às ruas nos últimos meses para exigir mais liberdade política. Na última sexta-feira, pelo menos 15 pessoas ficaram feridas na repressão policial a manifestantes que tentavam montar um acampamento permanente de protesto em Amã. O episódio foi o mais violento desde março, quando começaram os protestos contra o governo.

"O senhor Saket disse que havia temores na sexta-feira de que o protesto pudesse levar a um acampamento por tempo indeterminado, que causaria distúrbios à ordem pública e poderia levar à deposição do regime", declarou Nimri, que participou da sessão.

Segundo ele, Saket não entrou em detalhes, mas disse que as autoridades jordanianas receberam informações segundo as quais parte dos manifestantes tinha "más intenções premeditadas de provocar uma escalada de violência de forma a haver morte de civis nos confrontos com a polícia". Saket e os porta-vozes do governo não responderam a pedidos de comentários.

Os manifestantes jordanianos não têm pedido abertamente o fim da monarquia, mas exigem reforma política, redução dos preços dos alimentos, mais oportunidades de emprego e o combate à corrupção nas fileiras do governo. As informações são da Associated Press.

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